Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Bombardeio a campo de refugiados amplia massacre de Israel aos palestinos

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Sábado, 13 de Julho de 2024 às 14:24, por: CdB

De acordo com os relatos, os agentes do Hamas que protegeram o complexo também ficaram feridos. Os militares israelenses esclareceram ainda que “não se trata das tendas de pessoas deslocadas internamente” e enfatizaram que “o ataque foi preciso e teve como alvo apenas o complexo do Hamas” e não a zona humanitária.

Por Redação, com Ansa – de Khan Younis, Palestina

Um ataque aéreo israelense neste sábado atingiu o campo de refugiados Al-Mawasi, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, e deixou ao menos 71 pessoas mortas e 289 feridas, informou o Ministério da Saúde do enclave palestino. O novo boletim revisa um comunicado divulgado anteriormente que contabilizava ao menos 20 vítimas e 120 feridos após um “bombardeio aéreo massivo” israelense realizado perto do campo de refugiados de Al-Mawasi, que acolhe centenas de milhares de pessoas deslocadas.

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Milhares de palestinos encontram-se encurralados em campos cercados pelas forças israelenses

Segundo o grupo fundamentalista islâmico Hamas, a nota atualiza o balanço “sobre o terrível massacre da ocupação israelense”.

O jornal israelense ‘Yisrael Hayom’, citado pelo diário ‘Times of Israel’, citando um “relatório” não especificado, afirmou inicialmente que o alvo do ataque israelense na área de al-Mawasi era o líder do Hamas, Mohammed Deif, comandante da ala militar do grupo.

 

Porta-voz

Entretanto, a ‘Rádio do Exército’, citando três fontes da defesa, informou que o alvo era “muito significativo” e que os resultados não eram imediatamente claros. Além disso, outra figura visada era Rafaa Salameh, comandante da Brigada Khan Yunis.

Um porta-voz militar anunciou que os dois estavam “em um complexo civil que o Hamas tinha cercado com árvores, numa área aberta, com pequenos edifícios, que tem uma estrutura baixa e galpões para que os terroristas pudessem circular com segurança”.

De acordo com os relatos, os agentes do Hamas que protegeram o complexo também ficaram feridos. Os militares israelenses esclareceram ainda que “não se trata das tendas de pessoas deslocadas internamente” e enfatizaram que “o ataque foi preciso e teve como alvo apenas o complexo do Hamas” e não a zona humanitária.

“Aviões de combate foram usados, atingindo vários pequenos alvos diferentes no mesmo complexo cercado pelo Hamas”, acrescentaram, em nota.

 

Mártires

A inteligência militar israelense e o exército estimam atualmente que Deif ficou “gravemente ferido” no ataque, enquanto que a televisão saudita ‘Al Hadath’, que cita fontes não especificadas, disse que Salameh foi morto. Até o momento, porém, não há confirmação oficial.

Por sua vez, um alto representante do Hamas definiu o fato de o ataque israelense ter atingido Deif como “absurdo”. “Todos os mártires são civis e o que aconteceu foi uma grave escalada na guerra genocida, apoiada pelos Estados Unidos e pelo silêncio do mundo”, explicou Abu Zuhri. Para o representante do Hamas, o ataque mostra que Israel não quer um acordo de cessar-fogo.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi atualizado “sobre todos os acontecimentos e continuará a receber notícias regulares”, divulgou seu gabinete, lembrando que ele “deu uma diretiva permanente para eliminar altos funcionários do Hamas” ainda no início da guerra. Segundo o governo, Netanyahu “realizará uma avaliação da situação com todas as forças de segurança para discutir os próximos desenvolvimentos e passos”.

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