O magistrado havia autorizado a Polícia Federal (PF), em maio, a apreender o passaporte de Bolsonaro, no âmbito de uma operação sobre um suposto esquema de falsificação de dados em cartões de vacinação. Para viajar à Argentina, no entanto, basta a apresentação de um RG.
Por Redação - de Brasília
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), envolvido em uma série de inquéritos que poderão levá-lo à cadeia, encaminharam uma petição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na qual informam que o ex-mandatário neofascista viajará à Argentina, no próximo fim de semana, para acompanhar a posse do anarcocapitalista Javier Milei.

O magistrado havia autorizado a Polícia Federal (PF), em maio, a apreender o passaporte de Bolsonaro, no âmbito de uma operação sobre um suposto esquema de falsificação de dados em cartões de vacinação. Para viajar à Argentina, no entanto, basta a apresentação de um RG.
“Em atenção às investigações em curso e com profundo respeito a este juízo, o peticionário vem aos autos informar que estará temporariamente ausente do país no período compreendido entre os dias 7 e 11 de dezembro”, diz a petição tornada pública, nesta quinta-feira.
Chanceler
“A ausência se dará em razão de viagem a Buenos Aires, onde participará da cerimônia de posse de Javier Milei na Presidência da Argentina, a convite do próprio presidente eleito”, acrescentou a defesa.
Convidado para a posse de Milei, o presidente Lula (PT) não comparecerá à cerimônia, na qual o Brasil estará representado pelo chanceler Mauro Vieira. Em 20 de novembro, um dia após a vitória do ultradireitista, o Palácio do Planalto já havia indicado que Lula não iria à posse.
Assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência, o diplomata Celso Amorim já havia afirmado, anteriormente, que o presidente se sentiu “ofendido pessoalmente” por declarações de Milei, durante a campanha eleitoral.