Moraes também determina que seja realizada, neste domingo, audiência de custódia, por videoconferência, na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal; além da disponibilização de atendimento médico em tempo integral ao réu.
Por Redação – de Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro permanecia preso, na tarde deste sábado, após ser transferido de sua mansão para uma cela na sede da Polícia Federal. Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Na véspera, o senador Flávio Bolsonaro (PL) convocou, pelas redes sociais uma suposta vigília de orações próxima à casa onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto. Na decisão, o ministro do STF Alexandre de Moraes aponta o risco de fuga, durante um possível tumulto no local, agravado após verificada tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.

Moraes também determina que seja realizada, neste domingo, audiência de custódia, por videoconferência, na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal; além da disponibilização de atendimento médico em tempo integral ao réu. A decisão diz ainda que todas as visitas deverão ser previamente autorizadas pelo STF, com exceção dos advogados e da equipe médica que acompanha o tratamento de saúde do réu.
Risco
A defesa de Jair Bolsonaro chegou a pedir ao ministro a concessão de prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente. Segundo os advogados, Bolsonaro tem doenças permanentes, que demandam “acompanhamento médico intenso” e, por esse motivo, o ex-presidente deve continuar em prisão domiciliar. O pedido da defesa pretende evitar que Bolsonaro seja levado para o presídio da Papuda, em Brasília. Após análise, no entanto, Moraes considerou o pedido prejudicado diante da possível tentativa de fuga do réu.
Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas. Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, determinada após o descumprimento de medidas cautelares já fixadas pelo STF. Ele estava usando tornozeleira eletrônica e proibido de acessar embaixadas e consulados, de manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras e de utilizar redes sociais, direta ou indiretamente, inclusive por intermédio de terceiros.