Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Bolsonaro consta como investigado em ação contra fake news

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Sexta, 17 de Dezembro de 2021 às 11:49, por: CdB

Ainda segundo os investigadores, o mandatário promoveu a desinformação e “alimenta teorias que promovem fortalecimento dos laços que unem seguidores de determinada ideologia dita conservadora”.

Por Redação - de Brasília O presidente da República, Jair Bolsonaro (PF), coleciona mais um processo contra o disparo de notícias falsas, em suas redes sociais. Dessa vez, um relatório da Polícia Federal (PF) concluiu que Bolsonaro difundiu fake news na transmissão ao vivo, realizada pela internet em julho deste ano, na qual acusa, sem provas, a existência de fraudes as urnas eletrônicas. Na transmissão, o mandatário reconheceu não haver um fato sequer que embasasse suas declarações. 
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Presidente da República, Bolsonaro ainda consta nos piores níveis de seu prestígio junto aos eleitores, em face das mentiras que divulga
A PF afirma ainda, no relatório assinado pela delegada Denisse Dias Rosa Ribeiro, que o inquérito constatou a atuação direta e relevante de Bolsonaro na disseminação de notícias falsas. O documento ressalta, ainda, que a transmissão “foi realizada com o nítido propósito de desinformar e de levar parcelas da população a erro quanto à lisura do sistema de votação, questionando a correção dos atos dos agentes públicos envolvidos no processo eleitoral (preparação, organização, eleição, apuração e divulgação do resultado)” Ainda segundo os investigadores, o mandatário promoveu a desinformação e “alimenta teorias que promovem fortalecimento dos laços que unem seguidores de determinada ideologia dita conservadora”. Ainda de acordo com o relatório da PF, as pessoas envolvidas no episódio atuaram, "com dolo, consciência e livre vontade, na produção e divulgação, por diversos meios, de narrativas sabidamente não verídicas”. Mais fake news Na mesma linha, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou o trancamento de uma apuração preliminar aberta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por declaração feita durante outra transmissão ao vivo, em que associa a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) e a vacina contra a covid-19. Em sua decisão, Moraes decidiu manter o inquérito aberto por ele no dia 3 dezembro, após um pedido feito pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Bolsonaro fez este comentário em outubro, ao vivo, pelas redes sociais. Ele citou uma matéria que falava especificamente sobre um estudo feito no Reino Unido. Bolsonaro disse que não leria a íntegra da notícia para não sofrer sanções das redes sociais. — Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados (15 dias após a segunda dose) estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) muito mais rápido que o previsto. Recomendo que leiam a matéria. Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha live — disse, na ocasião. Desobediência Ao instaurar o inquérito contra Bolsonaro, Moraes cobrou um posicionamento da PGR. Em resposta, a gestão de Augusto Aras se mostrou contra a abertura do inquérito e afirmou que já havia aberto uma “apuração preliminar” sobre o caso. Em sua decisão, no entanto, Moraes afirmou que a PGR não encaminhou os autos dessa apuração preliminar ao STF e que, por isso, eles seriam trancados até o envio. O ministro determinou que os autos devem ser compartilhados ainda com a Polícia Federal (PF), “sob pena de desobediência à ordem judicial e obstrução de justiça”. “Demonstrada, portanto, a absoluta necessidade de encaminhamento da investigação conduzida no Ministério Público a esta Suprema Corte, providência que escapa, nos termos da decisão de instauração deste Inquérito, ao juízo discricionário da Procuradoria Geral da República, revela-se a necessidade de trancamento da referida investigação no âmbito do MPF, para que se proceda à sua devida regularização nestes autos” resumiu o ministro.
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