Sábado, 12 de Fevereiro de 2022 às 14:10, por: CdB
O primeiro precisará acontecer de quatro a cinco dias antes da chegada à Rússia. O segundo tem de ser feito com dois dias de antecedência, o terceiro na véspera da chegada a Moscou e o quarto na chegada à Rússia. Bolsonaro recusa-se a tomar a vacina contra o vírus SarsCov-2.
Por Redação - de Brasília
Marcada para a próxima segunda-feira, a reunião entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o colega russo, Vladimir Putin, somente acontecerá porque o mandatário brasileiro concordou em se submeter a ao menos cinco testes anticovid-19, antes do encontro. A orientação determina que um dos testes deve ser feito entre três e quatro horas antes do encontro entre eles.
O primeiro precisará acontecer de quatro a cinco dias antes da chegada à Rússia. O segundo tem de ser feito com dois dias de antecedência, o terceiro na véspera da chegada a Moscou e o quarto na chegada à Rússia. Bolsonaro recusa-se a tomar a vacina contra o vírus SarsCov-2. Putin, por sua vez, já tomou as três doses da Sputnik V, imunizante contra a covid-19 produzido em seu país.
As orientações enviadas pelo Kremlin ao Itamaraty foram claras. A exigência dos testes em brasileiros foi enviada pelo governo russo no início de fevereiro, quando as autoridades dos dois países acertavam os detalhes da visita. Tanto o Itamaraty quanto o Palácio do Planalto responderam positivamente às exigências do governo russo, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, neste sábado.
Fertilizantes
Bolsonaro confirmou neste sábado que vai viajar para Moscou na noite de segunda-feira, apesar das tensões crescentes entre Rússia e Ucrânia. Ele citou a dependência brasileira dos fertilizantes russos.
— Fui convidado pelo presidente Putin. O Brasil depende de fertilizantes da Rússia e da Bielorrúsia. Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam ao nosso país, energia, defesa e agricultura — afirmou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais, após conceder entrevista ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PROS), na Rádio Tupi.
Bolsonaro deve embarcar para Moscou às 19 horas e chegar ao destino apenas na noite de terça-feira. Na quarta-feira, reúne-se com Putin e empresários locais em meio à preocupação do agronegócio brasileiro sobre a política protecionista russa em torno de fertilizantes essenciais para as lavouras.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no entanto, não deverá participar da comitiva. Ela testou positivo para a covid-19 na última terça-feira e ainda não se recuperou. Cristina, cotada para a vice de Bolsonaro nas eleições de 2022, é quem lidera as discussões com os russos sobre fertilizantes.