O apoio do Partido Liberal (PL) a Freitas depende de uma condição considerada inegociável: sua filiação à sigla. A exigência abre espaço para que a escolha do vice recaia sobre um nome da legenda, aliado ao bolsonarismo.
Por Redação – de Brasília
O ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) começa a dar sinais de que compreendeu sua situação política, inelegível por oito anos, e já negocia com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para que seja o nome da direita na disputa pela Presidência da República, em 2026. Segundo apurou o canal norte-americano de TV CNN Brasil, o aceno teria ocorrido no último fim de semana, durante a estadia de Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador paulista.
O apoio do Partido Liberal (PL) a Freitas depende de uma condição considerada inegociável: sua filiação à sigla. A exigência abre espaço para que a escolha do vice recaia sobre um nome da legenda, aliado ao bolsonarismo, ampliando o leque de apoios na direita.
Chances
A opção de compor uma chapa pura, com Tarcísio na cabeça e Michelle Bolsonaro como vice, perdeu força. A avaliação interna é de que Michelle tem mais chances de sucesso em uma disputa ao Senado, enquanto Bolsonaro precisa contemplar outros aliados de longa data com espaços estratégicos em 2026.
Nesse contexto, ganha fôlego a possibilidade de uma aliança com a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura do próprio Bolsonaro. Seu nome é visto com bons olhos por líderes do PL, que a consideram uma opção capaz de agregar apoios tanto no agronegócio, quanto entre parlamentares do chamado ‘Centrão’.
A decisão final, no entanto, dependerá do próprio Tarcísio. Apesar da proximidade política com Bolsonaro, o governador paulista já sinalizou que pretende manter-se fora de disputas eleitorais em curto prazo.
