Atual vice-prefeito, mas pouco experimentado nas urnas, Pimentel preferiu colar nas duas principais lideranças do seu partido, o prefeito Rafael Greca e o governador Ratinho Junior, figuras frequentes na sua propaganda eleitoral.
Por Redação, com BdF – de Curitiba
O bolsonarismo e o lava-jatismo, movimentos que andaram juntos por muito tempo, estão perdendo destaque nas campanhas à prefeitura de Curitiba, capital que ganhou fama no auge da ‘Operação Lava Jato’ e onde o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) alcançou quase 65% dos votos na disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dois anos atrás.
Com quase um mês de campanha na TV, Paulo Martins, filiado ao PL e candidato a vice na aliança com Eduardo Pimentel (PSD), e a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil), candidata a vice na chapa encabeçada por Ney Leprevost (União Brasil), fizeram participações tímidas ao lado dos seus respectivos candidatos, principalmente Martins, que quase não foi visto na tela.
Atual vice-prefeito, mas pouco experimentado nas urnas, Pimentel preferiu colar nas duas principais lideranças do seu partido, o prefeito Rafael Greca e o governador Ratinho Junior, figuras frequentes na sua propaganda eleitoral.
Resistência
O ex-deputado federal Paulo Martins, com sua bandeira anti-PT, foi o candidato de Bolsonaro na disputa ao Senado em 2022, ficando em segundo lugar na corrida, vencida por Sergio Moro (União Brasil). Por conta do desempenho no pleito, foi alçado pré-candidato natural do PL à prefeitura, mas não foi adiante.
Ratinho Junior, amigo de Paulo Martins e aliado do ex-presidente, conseguiu levar o PL para a chapa de Pimentel, apesar da resistência de Greca ao bolsonarismo. O próprio Bolsonaro, contudo, não é um aliado lembrado na campanha do atual vice-prefeito e sua agenda até aqui passou longe de Curitiba.