De olho nesse mercado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos de R$ 907 milhões para a Casa dos Ventos, para implantação de quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte.
Por Redação - do Rio de Janeiro
A intenção do governo de Luiz Inácio Lula da Silva de tornar o país um líder eólico, com base no potencial da costa oceânica brasileira, precisará de suporte industrial para chegar a um porto seguro. E, a não ser que a maior economia latino-americana amplie rapidamente sua cadeia de suprimentos, de acordo com um grupo empresarial ouvido pela agência norte-americana de notícias Bloomberg, Lula precisará de mais do que apenas quatro anos para atingir seu objetivo.

A capacidade de produção disponível para a indústria eólica global provavelmente desaparecerá até 2026, de acordo com um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council, ou GWEC, na sigla em inglês). A tendência pode ser agravada pelas políticas dos Estados Unidos e da Europa para afastar a manufatura da China.
Financiamento
Se o Brasil investir em novas instalações agora, poderá explorar seu vasto potencial eólico offshore “e se tornar um fornecedor de equipamentos para os mercados doméstico e regional, evitando interrupções na cadeia de suprimentos”, disse Ben Backwell, diretor executivo do grupo, em entrevista à agência.
De olho nesse mercado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos de R$ 907 milhões para a Casa dos Ventos, para implantação de quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte. Os empreendimentos formam o Complexo Eólico Umari, nos municípios de Monte das Gameleiras, São José do Campestre e Serra de São Bento, com capacidade instalada total de 202,5 MW.
Conforme as estimativas do projeto, a geração de energia resultante poderá atender cerca de 500 mil domicílios.