Rio de Janeiro, 18 de Março de 2025

BC manda imprimir R$ 9 bilhões, para aumentar circulação de dinheiro

Um dos fatores que contribuem para reduzir a liquidez da economia é a estagnação dos meios produtivos. O percentual de indústrias de transformação que paralisaram suas atividades em abril, por exemplo, chegou a 14,4%. O aumento é de 10,2 pontos percentuais em relação a março deste ano.

Quinta, 14 de Maio de 2020 às 13:22, por: CdB

Um dos fatores que contribuem para reduzir a liquidez da economia é a estagnação dos meios produtivos. O percentual de indústrias de transformação que paralisaram suas atividades em abril, por exemplo, chegou a 14,4%. O aumento é de 10,2 pontos percentuais em relação a março deste ano.

Por Redação - de Brasília

O Banco Central (BC) antecipou para este mês pedido de produção de cédulas, no valor de R$ 9 bilhões, para a Casa da Moeda. Essa produção já estava prevista na programação anual, mas a antecipação foi necessária para evitar a falta de cédulas. Desde o início da pandemia de covid-19, o BC observou que há “entesouramento” do dinheiro no país.

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A Casa da Moeda terá expediente extra para rodar os R$ 9 bilhões encomendados pelo Ministério da Economia

Segundo o BC, o entesouramento ocorre porque as pessoas estão guardando o dinheiro em vez de colocar em circulação.

“O pedido visa a construir estoques de segurança e mitigar eventuais consequências do fenômeno de entesouramento que se observa desde o início da pandemia. O BC entende que o entesouramento pode ser consequência de três fatores: saques por pessoas e empresas para formação de reservas, diminuição do volume de compras no comércio em geral e porque parcela considerável dos valores pagos em espécie aos beneficiários dos auxílios (como o auxílio emergencial) ainda não retornou ao sistema bancário”, diz o BC, em nota.

Indústria

Um dos fatores que contribuem para reduzir a liquidez da economia é a estagnação dos meios produtivos. O percentual de indústrias de transformação que paralisaram suas atividades em abril, por exemplo, chegou a 14,4%. O aumento é de 10,2 pontos percentuais em relação a março deste ano e de 11,5 pontos percentuais em relação à média dos meses de abril.

Os dados, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostram que as principais cidades iniciaram medidas de isolamento social em meados de março devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Entre os setores mais afetados por paralisações em abril, destacam-se veículos automotores (59,5%), couros e calçados (38,9%) e vestuário (34,1%).

A pesquisa também mostrou que a média de turnos de trabalho na indústria caiu para 2,19 turnos, quedas de 0,34 turno em relação a janeiro deste ano e de 0,44 turno em relação à média dos meses de abril.

Pandemia

O percentual de empresas que estão aumentando sua produção sem dificuldades caiu de 52,2% em janeiro para 21,4% em abril. Para aproximadamente 20% do setor industrial, a pandemia foi diretamente a principal restrição ao aumento da produção, pela redução de demanda interna e externa, dificuldade de fornecimento dos insumos importados e devido à necessidade de paralisação parcial ou total das atividades por questões de saúde.

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