Impulsionados pela redução no fornecimento pela Arábia Saudita e Rússia, os preços do petróleo subiram quase 30% desde junho, com o petróleo bruto de referência dos EUA superando os US$ 91 o barril. Embora os preços ainda estejam bem abaixo de suas máximas de 2022, a recente alta representa riscos enquanto o Fed busca trazer a inflação de volta ao seu alvo de 2% sem desencadear uma recessão econômica.
Por Redação, com Bloomberg - de Washington
O Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) enfrenta um adversário familiar enquanto tenta guiar a economia em direção a um pouso suave raramente visto: o aumento dos preços do petróleo. Os custos de energia em disparada desempenharam um papel na recessão dos EUA nos meados da década de 1970, bem como no início das décadas de 1980 e 1990, à medida que impulsionaram a inflação e reduziram o poder de compra dos consumidores.
Impulsionados pela redução no fornecimento pela Arábia Saudita e Rússia, os preços do petróleo subiram quase 30% desde junho, com o petróleo bruto de referência dos EUA superando os US$ 91 o barril. Embora os preços ainda estejam bem abaixo de suas máximas de 2022, a recente alta representa riscos enquanto o Fed busca trazer a inflação de volta ao seu alvo de 2% sem desencadear uma recessão econômica.
— O aumento dos preços do petróleo está no topo das minhas preocupações no momento. Qualquer coisa acima de US$ 100 por qualquer período de tempo nos deixará muito mal — disse Mark Zandi, economista-chefe da Moody’s Analytics à agência norte-americana de notícias Bloomberg.
Estimativas
Após elevar as taxas de juros em mais de cinco pontos percentuais nos últimos 18 meses, o presidente do Fed, Jerome Powell, e seus colegas devem mantê-las estáveis em sua reunião de dois dias que começou nesta terça-feira, de acordo com estimativas de economistas do mercado financeiro.
Choques de oferta, como o aumento dos preços do petróleo, apresentam um dilema ao Fed, pois simultaneamente aumentam a inflação e reduzem o crescimento econômico, deixando os formuladores de políticas em momentos de incerteza sobre se devem apertar ou afrouxar o crédito em resposta.