Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Ataque da força aérea mata dezenas de civis em Cartum

Arquivado em:
Domingo, 09 de Julho de 2023 às 11:42, por: CdB

Desde o início do conflito, quase 3 milhões de sudaneses foram forçados a deixarem suas casas. Mais de 600 mil partiram para o exterior, principalmente para o Egito, no norte, e para o Chade, no oeste.


Por Redação, com CartaCapital - de Cartum


A ONU estimou neste domingo que o Sudão está “à beira de uma guerra civil potencialmente desestabilizadora para toda a região”, um dia após a morte de dezenas de civis em um ataque da força aérea a um bairro residencial da capital Cartum.




sudao.jpg
Desde o início do conflito, quase 3 milhões de sudaneses foram forçados a deixarem suas casas

Em um vídeo postado pelo Ministério da Saúde sudanês, os corpos jazem no chão, alguns com membros esquartejados saindo de lençóis jogados às pressas para cobri-los. Diversas vítimas são mulheres.


O bombardeio, ocorrido no sábado no distrito de Dar al-Salam em Omdurman, subúrbio a noroeste da capital Cartum, deixou 22 civis mortos e um grande número de feridos, ainda de acordo o Ministério da Saúde.


Já as Forças de Apoio Rápido (FSR), paramilitares em guerra contra o exército desde 15 de abril, denunciaram “a trágica perda de mais de 30 vidas e muitos feridos”.


Em quase três meses de guerra entre o FSR do general Mohamed Hamdane Daglo e as tropas regulares, lideradas pelo general Abdel Fattah al-Burhane, cerca de 3 mil mortes foram registradas, um número considerado muito subestimado.



Início do conflito


Desde o início do conflito, quase 3 milhões de sudaneses foram forçados a deixarem suas casas. Mais de 600 mil partiram para o exterior, principalmente para o Egito, no norte, e para o Chade, no oeste.


“Falta de respeito pelo direito humanitário”


Farhan Haq, um dos porta-vozes do secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou “uma total falta de respeito pelo direito humanitário e pelos direitos humanos”, particularmente em Darfur, região martirizada nos anos 2000, agora novamente no centro dos combates.


Nesta vasta região do oeste do Sudão, onde combatentes tribais e civis armados se juntaram aos dois lados em guerra, a luta assumiu uma “dimensão étnica”, informa a ONU, enquanto os moradores relatam “execuções” com base na origem étnica.




Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo