Rio de Janeiro, 15 de Março de 2025

Ata do Copom sinaliza para maior aperto monetário à frente

Arquivado em:
Terça, 10 de Maio de 2022 às 11:55, por: CdB

"O Comitê ressaltou que o crescimento econômico veio em linha com o que era esperado, mas o aperto das condições financeiras cria um risco de desaceleração mais forte que o antecipado nos trimestres à frente, quando seus impactos tendem a ficar mais evidentes", informou o BC, em nota.

Por Redação - de Brasília
O Banco Central (BC) avalia que o aperto das condições financeiras observado na economia cria um risco de desaceleração mais intensa da atividade à frente, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada nesta terça-feira. De acordo com o documento, diante da potencial persistência do processo inflacionário global, a posição mais contracionista da política monetária nos países avançados tem impactado as condições financeiras dos países emergentes.
copom.jpg
A reunião do Copom, no Banco Central, determina a taxa oficial de juros nos financiamentos bancários
"O Comitê ressaltou que o crescimento econômico veio em linha com o que era esperado, mas o aperto das condições financeiras cria um risco de desaceleração mais forte que o antecipado nos trimestres à frente, quando seus impactos tendem a ficar mais evidentes", informou o BC, em nota. Na semana passada, o BC subiu a Selic em 1,0 ponto percentual, a 12,75% ao ano, e disse ser provável uma extensão do ciclo de alta dos juros com um ajuste de menor magnitude na próxima reunião, em junho, sem especificar se esse seria o último aumento da taxa.

Sem direção

A ata do Copom, segundo analistas financeiros, trouxe muita informação, mas pouca sinalização. O BC se concentrou em fazer uma grande atualização sobre a conjuntura atual, em particular no cenário internacional, e da inflação corrente, mas não deu pistas – tão esperadas – sobre o futuro da Selic (a taxa básica de juros). Na semana passada, o Copom elevou a Selic em 1 ponto porcentual, de 11,75% para 12,75% ao ano. O Copom usou apenas três parágrafos, dos 20 da ata, para falar sobre o futuro da política monetária, sendo que dois deles já estavam presentes no comunicado. “O Comitê optou, então, por sinalizar, como provável, uma extensão do ciclo, com um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, disse, no único trecho novo sobre os “próximos passos”. Segundo o BC, essa estratégia foi considerada a mais adequada para garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante e ancoragem das expectativas de prazos mais longos.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo