Entre os segmentos de população, o levantamento aponta variações relevantes. No recorte por renda, por exemplo, aqueles que recebem entre 2 a 5 salários mínimos – maioria absoluta dos eleitores brasileiros – apresentaram alta de quatro pontos na aprovação.
Por Redação – de São Paulo
O prestígio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permaneceu inalterado na última edição da pesquisa DataFolha, repercutida neste sábado pela mídia brasileira. Hoje, 49% dos entrevistados aprovam o desempenho do presidente. Em setembro eram 48% , enquanto 48% reprovam agora, mantendo índice idêntico ao da pesquisa anterior.
Entre os segmentos de população, o levantamento aponta variações relevantes. No recorte por renda, por exemplo, aqueles que recebem entre 2 a 5 salários mínimos – maioria absoluta dos eleitores brasileiros – apresentaram alta de quatro pontos na aprovação, ainda dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O estudo mantém o padrão de comportamento político observado em pesquisas anteriores. O presidente apresenta maior aprovação entre pessoas com 60 anos ou mais, entre os eleitores menos instruídos, residentes da Região Nordeste e católicos. Na outra ponta, a reprovação é mais alta entre eleitores com ensino superior completo, de renda mais alta, moradores da Região Sul e evangélicos.
Em outro recorte da pesquisa, a gestão do governo Lula é boa ou ótima 32% dos pesquisados, enquanto 37% a avaliam como ruim ou péssima, e 30% a veem regular. Na edição passada da pesquisa DataFolha, a aprovação era de 33%, a reprovação, de 38% e o índice de regular, de 28%. Considerando a margem de erro, o quadro é estável.
Bolsonaro
No intervalo de um mês, entre uma edição e outra da pesquisa, o mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) foi preso em definitivo, para cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão, em regime fechado. Antes, estava em prisão domiciliar e seria condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) apenas dois dias depois da finalização do trabalho de campo dos pesquisadores do DataFolha. Em um horizonte mais amplo, a relação entre Lula e o presidente norte-americano Donald Trump evoluía.
No 7 de Setembro, um dia antes do início da coleta de questionários daquela pesquisa, o petista viu desfraldada na avenida Paulista uma bandeira norte-americana gigante, algo que irritou até mesmo alguns líderes bolsonaristas de tão inábil. Aquela onda espraiou-se, não sem grandes impactos até agora. No dia 26 de outubro, Lula encontrou-se com Trump na Malásia, iniciando uma reaproximação que já derrubou a maioria das tarifas impostas a produtos brasileiros e ruma à normalização.
Em seguida, Bolsonaro foi preso ao violar sua tornozeleira eletrônica em 22 de novembro, apenas três dias antes de o STF decretar o trânsito em julgado de sua condenação. Preso na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) de Brasília, Bolsonaro começa a perder capital político, com a discussão sobre quem será o candidato de seu grupo político. Na véspera, o filho conhecido como ’01’, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse que o pai o escolheu para representá-lo nas urnas, no ano que vem, o que caiu mal entre as forças da direita e extrema-direita que preferem o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
