Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Após derrota na Câmara, presidente do PT coloca partido em modo eleitoral

Edinho Silva, presidente do PT, declara que a retirada da MP do IOF marca o início da fase eleitoral, destacando a importância do 'Conselhão' e ajustes fiscais.

Terça, 14 de Outubro de 2025 às 19:50, por: CdB

Edinho Silva, presidente do PT, destacou que a decisão do Congresso expôs o início de uma nova fase.

Por Redação – de São Paulo

Presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), o jornalista Edinho Silva avalia que a retirada de pauta da Medida Provisória (MP) alternativa ao IOF, ocorrida na semana passada, sinaliza um marco na transição do governo para o ambiente eleitoral.

Após derrota na Câmara, presidente do PT coloca partido em modo eleitoral | Prefeito de Araraquara, o ex-ministro Edinho Silva foi eleito presidente do PT
Prefeito de Araraquara, o ex-ministro Edinho Silva foi eleito presidente do PT

Edinho Silva destacou que a decisão do Congresso expôs o início de uma nova fase.

— O processo eleitoral foi deflagrado. Se eu gosto, se eu não gosto, se isso é bom ou não é bom, isso é juízo de valor. O fato é que o processo eleitoral foi deflagrado e ele não volta mais. Eu acho que daqui para frente nós vamos no ritmo da disputa eleitoral. Até o fim. Não tem como mais voltar — afirmou.

 

‘Conselhão’

O presidente do PT também apoia o papel do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, recriado por Lula em 2023. Silva classifica o colegiado, conhecido como ‘Conselhão’, como peça central para a formulação de políticas estratégicas, especialmente nas áreas de infraestrutura e habitação, com destaque para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida.

Segundo o líder petista, o governo pode explorar novos mecanismos de diálogo para reforçar a integração com o setor produtivo.

— Podemos aprimorar, criar outros instrumentos de diálogo, para organizar as cadeias produtivas — acrescentou.

 

Ajustes fiscais

Na área econômica, o dirigente petista apoia a prioridade para o debate em torno da revisão dos gastos tributários, estimados em R$ 870 bilhões ao ano. Silva lembrou que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), apresentou em agosto um projeto para reduzir incentivos fiscais de forma linear, com expectativa de gerar R$ 20 bilhões adicionais à arrecadação já em 2025. A proposta ainda tramita na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Edinho Silva enfatizou que a criação de empregos deve ser a principal via de distribuição de renda.

— Há duas formas de distribuir renda no mundo. Primeiro, emprego; segundo, transferência de renda por impostos. Não há uma terceira. E eu acho que a forma mais saudável não é tributo. A forma mais saudável é emprego — resumiu.

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