Edinho Silva, presidente do PT, destacou que a decisão do Congresso expôs o início de uma nova fase.
Por Redação – de São Paulo
Presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), o jornalista Edinho Silva avalia que a retirada de pauta da Medida Provisória (MP) alternativa ao IOF, ocorrida na semana passada, sinaliza um marco na transição do governo para o ambiente eleitoral.

Edinho Silva destacou que a decisão do Congresso expôs o início de uma nova fase.
— O processo eleitoral foi deflagrado. Se eu gosto, se eu não gosto, se isso é bom ou não é bom, isso é juízo de valor. O fato é que o processo eleitoral foi deflagrado e ele não volta mais. Eu acho que daqui para frente nós vamos no ritmo da disputa eleitoral. Até o fim. Não tem como mais voltar — afirmou.
‘Conselhão’
O presidente do PT também apoia o papel do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, recriado por Lula em 2023. Silva classifica o colegiado, conhecido como ‘Conselhão’, como peça central para a formulação de políticas estratégicas, especialmente nas áreas de infraestrutura e habitação, com destaque para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida.
Segundo o líder petista, o governo pode explorar novos mecanismos de diálogo para reforçar a integração com o setor produtivo.
— Podemos aprimorar, criar outros instrumentos de diálogo, para organizar as cadeias produtivas — acrescentou.
Ajustes fiscais
Na área econômica, o dirigente petista apoia a prioridade para o debate em torno da revisão dos gastos tributários, estimados em R$ 870 bilhões ao ano. Silva lembrou que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), apresentou em agosto um projeto para reduzir incentivos fiscais de forma linear, com expectativa de gerar R$ 20 bilhões adicionais à arrecadação já em 2025. A proposta ainda tramita na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
Edinho Silva enfatizou que a criação de empregos deve ser a principal via de distribuição de renda.
— Há duas formas de distribuir renda no mundo. Primeiro, emprego; segundo, transferência de renda por impostos. Não há uma terceira. E eu acho que a forma mais saudável não é tributo. A forma mais saudável é emprego — resumiu.