Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Analistas de mercado veem queda no PIB deste ano menor do que FMI

Os especialistas consultados no levantamento mensal também ajustaram seu cenário para a inflação. A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%.

Segunda, 27 de Julho de 2020 às 12:26, por: CdB

Os especialistas consultados no levantamento mensal também ajustaram seu cenário para a inflação. A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Por Redação - de Brasília 
Na contramão do que preveem as principais agências mundiais de risco e o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI), analistas de mercado passaram a ver contração de 5,77% da economia brasileira neste ano, na quarta semana seguida em que os economistas melhoraram a previsão, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira. A última projeção do FMI para o PIB brasileiro é de uma queda na casa dos 10%.
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Na pesquisa Focus, do Banco Central, o cálculo sobre o PIB movimenta dezenas de economistas, em todo o país
Na semana anterior, a projeção era de que o Produto Interno Bruto (PIB) sofreria em 2020 recuo de 5,95%. Para 2021 permanece a expectativa de um crescimento econômico de 3,50%. Os especialistas consultados no levantamento mensal também ajustaram seu cenário para a inflação. A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Indicadores

Por sua vez, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, fez ajustes no seu cenário, vendo a Selic a 1,88% em 2020 e a 2,25% em 2021, respectivamente de 2,0% e 2,38% na semana anterior. As instituições financeiras consultadas pelo BC também ajustaram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 1,72% para 1,67%, neste ano. Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%, há seis semanas consecutivas. A previsão para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 5% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Dólar

Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.
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