Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Analistas acreditam que Copom reduzirá velocidade no corte de juros

Arquivado em:
Terça, 07 de Maio de 2024 às 18:07, por: CdB

O cenário do Copom mudou para pior, dizem os economistas, com um pano de fundo externo mais adverso pelo adiamento das apostas em corte de juros nos EUA – o que chegou a levar o dólar para acima de R$ 5,20 nas últimas semanas. Além disso, as expectativas de inflação subiram na esteira da revisão da meta fiscal.

Por Redação – de Brasília

O Banco Central (BC) tende a desacelerar o ritmo de corte da taxa Selic para 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira, após seis cortes consecutivos de 0,50pp, segundo a maioria dos analistas consultados pela agência norte-americana de notícias Bloomberg.

copom.jpg
A reunião do Copom, no Banco Central, determina a taxa oficial de juros nos financiamentos bancários

O cenário do Copom mudou para pior, dizem os economistas, com um pano de fundo externo mais adverso pelo adiamento das apostas em corte de juros nos EUA – o que chegou a levar o dólar para acima de R$ 5,20 nas últimas semanas. Além disso, as expectativas de inflação subiram na esteira da revisão da meta fiscal.

Entre 28 analistas consultados pela Bloomberg, 19 esperam redução de juro de apenas 0,25pp, para 10,50%, contra nove que preveem que o BC cortará a Selic em 0,50pp, respeitando o chamado ‘forward guidance’, a sinalização futura do Copom, dado na reunião de março.

 

Cautela

A curva de juros já projetava redução de menos de 30 pontos-base e, na segunda-feira, as taxas futuras voltaram a subir, com o receio do impacto das chuvas no Rio Grande do Sul. O temor é de que a enchentes afetem a produção agrícola e elevem os preços dos alimentos; além de piorar o cenário fiscal, dado o gasto com ajuda federal ao Estado.

Presidente do BC, o economista Roberto Campos Neto também tem chancelado a cautela do mercado. A partir de meados de abril, Campos Neto passou a citar incerteza maior com fatores como a dívida e a piora da expectativa inflacionária — mesmo com os recentes dados mais benignos de inflação.

Economistas consideram também que a decisão pode não ser unânime, seja para um corte de 0,25pp ou 0,50pp. O BC deve remover o guidance — alterado em março para dizer que, se o cenário se confirmasse, antevia “redução de mesma magnitude na próxima reunião”.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo