O diplomata ainda lembra que nesta gestão o Brasil se omitiu ou atuou no sentido contrário a muitas questões internacionais importantes. Exemplo disso são temas como condições climáticas ou racismo, como quando países africanos propuseram investigação sobre a morte de um afrodescendente norte-americano.
Por Redação - de São Paulo
Ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa, o diplomata Celso Amorim analisou junto a jornalistas, nesta sexta-feira, as ações do atual governo e as medidas para recuperação do prestígio internacional do Brasil. Segundo afirmou, o Brasil hoje está muito isolado em suas relações internacionais e a recuperação da política externa depende de uma consistente derrota de Bolsonaro nas eleições.
Celso Amorim trabalhou nos governos de Itamar Franco, Lula e Dilma Rousseff, desempenhando importantes atuações nas políticas externas brasileiras, como o início das negociações de comércio estratégico com a China, ainda na década de 90.
Racismo
Ele lembra que o país havia alcançado grande destaque nas decisões mundiais, onde na época o presidente Lula era consultado para decisões importantes, como pelos EUA sobre o programa nuclear Iraniano ou pela Europa sobre programas sociais.
— Hoje parece que não é com ele (...) ninguém pede nada — comentou o ex-ministro sobre os posicionamentos do atual presidente acerca dos conflitos e da consulta por parte de outros países.
O diplomata ainda lembra que nesta gestão o Brasil se omitiu ou atuou no sentido contrário a muitas questões internacionais importantes. Exemplo disso são temas como condições climáticas ou racismo, como quando países africanos propuseram investigação sobre a morte de um afrodescendente norte-americano e o Brasil foi um dos países que criou dificuldades na investigação.