Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Americanas fecha acordo com bancos, sobre dívida bilionária

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Segunda, 27 de Novembro de 2023 às 18:49, por: CdB

Segundo dados originais da recuperação judicial, o Bradesco é o maior credor da varejista (R$ 5,1 bilhões), seguido por Santander (R$ 3,6 bilhões), BTG Pactual (R$ 3,5 bilhões), Itaú Unibanco (R$ 2,7 bilhões) e Safra (R$ 2,5 bilhões). Há ainda bancos públicos como Banco do Brasil (R$ 1,6 bilhão) e Caixa (R$ 500 milhões).


Por Redação - do Rio de Janeiro

Cerca de 10 meses após entrar em recuperação judicial, a Americanas firmou um acordo com bancos credores, que respondem por cerca de 35% da dívida total de R$ 42,5 bilhões da companhia, segundo fato relevante divulgado na manhã desta segunda-feira. O entendimento envolveu o Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e BTG Pactual, segundo o documento “acordo de apoio à reestruturação, plano de recuperação judicial e investimento”, protocolado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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A Americanas tem uma inconsistência contábil de quase R$ 50 bilhões


Segundo dados originais da recuperação judicial, o Bradesco é o maior credor da varejista (R$ 5,1 bilhões), seguido por Santander (R$ 3,6 bilhões), BTG Pactual (R$ 3,5 bilhões), Itaú Unibanco (R$ 2,7 bilhões) e Safra (R$ 2,5 bilhões). Há ainda bancos públicos como Banco do Brasil (R$ 1,6 bilhão) e Caixa (R$ 500 milhões).

O próximo passo será conseguir a aprovação de seu plano de recuperação judicial em Assembleia Geral de Credores (AGC) marcada para o próximo dia 19 de dezembro. O fato relevante confirmou a previsão de um aumento de capital no valor de R$ 12 bilhões pelos acionistas de referência - os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira - e de outros R$ 12 bilhões por parte dos credores por meio de créditos detidos, totalizando R$ 24 bilhões.

 

Pagamento


A companhia informou, ainda, que após as medidas de reestruturação a previsão será apresentar de uma dívida bruta de R$ 1,875 bilhão. Ficou acertada a destinação de até R$ 8,7 bilhões para credores financeiros, por meio de um leilão reverso (R$ 2 bilhões) ou pagamento antecipado de créditos com desconto (R$ 6,7 bilhões), segundo o documento.

“As partes concordaram, dentre outras matérias, em dar suporte às transações de reestruturação contempladas no Plano de Recuperação Judicial (PRJ), em especial a votar a favor da aprovação do PRJ em AGC, a apoiar e participar do aumento de capital previsto, e a não tomar medidas contrárias aos termos previstos no PSA ou às transações contempladas no PRJ”, reforçou a Americanas.

No processo de aumento de capital, para cada três ações emitidas, será conferido um bônus de subscrição como vantagem adicional, cujo preço de exercício será de R$ 0,01 (valor simbólico).

A Americanas informou ter conseguido assegurar na negociação com os credores apoiadores a garantia-firme para uma linha de fianças bancárias ou seguros-garantia num volume de R$ 1,5 bilhão, disponível por um período de 2 anos ou até o encerramento da RJ.

 

Adesão


”A administração da Americanas entende que o acordo alcançado com os principais credores e os acionistas de referência é um marco importante do processo de Recuperação Judicial e um progresso da Americanas no caminho para a meta de emergir como uma empresa mais forte e competitiva”, destacou.

A Americanas informou também que, até a AGC do dia 19 de dezembro, terá a adesão de mais de 50% dos credores ao Plan Support Agreement (PSA), que prevê a capitalização de R$ 24 bilhões, sendo R$ 12 bilhões pelos acionistas de referência e outros R$ 12 bilhões em conversão de dívida concursal por parte dos credores.

O PSA firmado com os credores traz também como condição precedente que a companhia obtenha, até a data da AGC, a aprovação do conselho de administração para que o PRJ aditado estipule o preço por ação da capitalização.

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