De acordo com o vice-presidente, apenas Trump estava na conversa do lado norte-americano, sem outros assessores ou secretários.
Por Redação – de Brasília
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira que a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano, Donald Trump, foi melhor que o governo brasileiro esperava. Lula e Trump conversaram por telefone por cerca de 30 minutos nesta manhã.

Alckmin, que participou do contato, disse que ainda não há um novo encontro ou conversa marcados, mas que está muito otimista que terá novos passos para avançar. Alckmin disse ainda que Lula argumentou que as punições a autoridades brasileiras são injustas e devem ser revistas, ao que Trump respondeu que tudo será analisado.
De acordo com o vice-presidente, apenas Trump estava na conversa do lado norte-americano, sem outros assessores ou secretários.
Economia
Ministro da Fazenda, o economista Fernando Haddad concordou que a conversa entre Lula Trump, foi positiva.
— Vou ser parcimonioso. Vai sair uma nota daqui a pouquinho do Palácio (do Planalto) sobre o tema, dando os detalhes que foram pactuados. O presidente já recomendou a divulgação de uma nota — adiantou.
Questionado por jornalistas se o diálogo foi bom do ponto de vista econômico, Haddad se limitou a dizer que foi “positivo”. Em nota, o governo disse que Lula solicitou a retirada da sobretaxa aplicada pelos EUA a produtos brasileiros.
Negociações
Além de Haddad, também participaram da conversa telefônica o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), o chanceler Mauro Vieira, o ministro Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação da Presidência) e Celso Amorim, assessor especial de Lula para assuntos internacionais.
Do lado norte-americano, Trump designou o seu secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às negociações com os auxiliares de Lula. Ainda segundo a nota do Planalto, os líderes dos dois países concordaram em se encontrar pessoalmente em breve. Lula sugeriu como opção uma reunião na cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), na Malásia, entre 26 e 28 de outubro, mas também se dispôs a viajar aos EUA.
O brasileiro ainda reiterou o convite para o norte-americano participar da COP30, em Belém, em novembro. Antes do telefonema, integrantes do governo diziam que um encontro presencial entre os dois presidentes poderia ocorrer em um terceiro país. O petista tem ao menos duas viagens internacionais neste ano.