Apesar do entendimento entre os parlamentares, a taxação pegou de surpresa as varejistas asiáticas no Brasil. O acordo resultou em um “meio-termo” entre Executivo e Congresso, que substitui a ideia inicial de aplicar uma cobrança de 60% sobre as mercadorias. O projeto tende a ser aprovado no Plenário do Senado antes ser encaminhado à sanção presidencial.
Por Redação – de Brasília
Vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin afirmou, nesta sexta-feira, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá aprovar a taxação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, uma vez que a alíquota foi fixada em um amplo acordo envolvendo todos os partidos.
Apesar do entendimento entre os parlamentares, a taxação pegou de surpresa as varejistas asiáticas no Brasil. O acordo resultou em um “meio-termo” entre Executivo e Congresso, que substitui a ideia inicial de aplicar uma cobrança de 60% sobre as mercadorias. O projeto tende a ser aprovado no Plenário do Senado antes ser encaminhado à sanção presidencial.
‘Mover’
O fim da isenção de imposto impacta diretamente sites asiáticos de varejo, especialmente Shein e AliExpress, do Alibaba, com forte dependência de produtos internacionais. A Shopee é a menos afetada, com 90% de seus comerciantes dentro do Brasil. Por outro lado, a mudança beneficia varejistas nacionais que se dizem prejudicadas pelo que chama de concorrência desleal.
A medida passou no projeto de lei que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), aprovado no plenário. Após semanas de impasse, a votação foi simbólica, como uma forma de os parlamentares não se comprometerem com um assunto polêmico.
A jornalistas, nesta manhã, Alckmin também afirmou que a obrigatoriedade de conteúdo local no setor de petróleo deveria ser retirada do projeto ‘Mover’, voltado para o setor automotivo. A matéria tende a ser votada, separadamente.