Rio de Janeiro, 06 de Maio de 2025

Acusado de matar trapezista argentina em Búzios é condenado a 33 anos

Carlos França é condenado a 33 anos por assassinar a trapezista Florencia Aranguren em Búzios, com evidências contundentes de seu crime.

Quinta, 10 de Abril de 2025 às 14:21, por: CdB

Florencia Aranguren foi brutalmente assassinada por Carlos França com 18 facadas no início de dezembro de 2023, enquanto caminhava por uma trilha em direção à praia de José Gonçalves, em Búzios.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

Acusado pela morte da trapezista argentina Florencia Aranguren, em Armação dos Búzios, em dezembro de 2023, Carlos José de França foi condenado a 33 anos de prisão na noite de quarta-feira, A acusação foi feita pelo Grupo de Atuação Especializada em Tribunal do Júri do Ministério Público do Rio (GAEJURI/MPRJ). A pedido do MPRJ, o juízo também determinou o pagamento de indenização no valor de R$ 50 mil aos familiares da vítima.

Acusado de matar trapezista argentina em Búzios é condenado a 33 anos | Acusação foi feita pelo Grupo de Atuação Especializada em Tribunal do Júri do Ministério Público do Rio (GAEJURI/MPRJ)
Acusação foi feita pelo Grupo de Atuação Especializada em Tribunal do Júri do Ministério Público do Rio (GAEJURI/MPRJ)

O julgamento foi realizado no Fórum da Comarca de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos. O plenário do Júri ficou lotado, com a presença de amigos e familiares da vítima que vieram de Buenos Aires, na Argentina, especialmente para acompanhar o julgamento. Antes da sessão, os parentes foram acolhidos pelo GAEJURI/MPRJ na sede do Ministério Público, onde receberam informações sobre o funcionamento do Tribunal do Júri e os direitos assegurados pela legislação brasileira às vítimas indiretas.

– Tendo em vista que as vítimas residem em outro país, foi essencial garantir o integral cumprimento da Resolução nº 243 do CNMP, assegurando a elas os direitos à informação, proteção, participação e reparação. A pena aplicada representa uma resposta penal justa ao acusado e à sociedade de Búzios, que sentiu profundamente os impactos desse crime bárbaro. E agora, a família da vítima poderá, enfim, seguir seu caminho com a certeza de que nosso país demonstrou não tolerar a barbárie – afirmou a coordenadora do GAEJURI/MPRJ, Simone Sibilio.

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Além de Simone Sibilio, a sessão contou com o suporte da subcoordenadora do GAEJURI/MPRJ, Roberta Maristela dos Anjos. Atuaram no julgamento as promotoras de Justiça Rita Madeira, responsável pela sustentação oral na plenária, e Marcela Becker, designada para a 2ª Promotoria de Justiça de Búzios.

Durante os debates, o GAEJURI-MPRJ apresentou ao Conselho de Sentença provas técnicas que demonstraram a presença de material genético do réu sob as unhas da vítima, evidenciando que Florencia tentou se defender antes de ser morta. Laudos periciais trazidos pelo grupo também confirmaram vestígios de sangue nas roupas de Carlos e arranhões compatíveis com unhas humanas, reforçando sua autoria.

Diante das evidências apresentadas na audiência, os jurados acolheram integralmente os pedidos do MPRJ e as qualificadoras descritas na denúncia e reconheceram que o crime foi cometido com crueldade e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

Relembre o caso

Florencia Aranguren foi brutalmente assassinada por Carlos França com 18 facadas no início de dezembro de 2023, enquanto caminhava por uma trilha em direção à praia de José Gonçalves, em Búzios. O corpo foi localizado por guardas municipais. O réu foi identificado graças ao cão da vítima, que permaneceu calmo diante de curiosos, mas que, ao ver o agora condenado se aproximar da cena do crime, avançou contra ele.A artista circense havia chegado a Búzios apenas três dias antes do assassinato.

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