Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Ação do MPE de São Paulo tende a deixar Moro inelegível

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Quinta, 14 de Abril de 2022 às 14:45, por: CdB

Recém-filiados ao União Brasil para disputarem uma vaga na Câmara dos Deputados ou no Senado, Moro e Rosângela são paranaenses e sempre viveram no Estado, mas declararam à Justiça Eleitoral mudança de domicílio para São Paulo com o objetivo de disputar o pleito pelo Estado. O casal cadastrou junto à Justiça o endereço de um hotel na capital paulista.

Por Redação - de São Paulo
O ex-juiz Sergio Moro, bem como a mulher dele, a advogada Rosangela Wolf Moro, estão na mira da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (PRE-SP), que enviou ao Ministério Público Eleitoral (MPE) do Estado uma notícia-crime contra ambos por conta da mudança de domicílio que declararam para disputarem as eleições. A denúncia, se confirmada, deixará ambos inelegíveis.
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Campanha do ex-juiz suspeito e incompetente Sérgio Moro foi rifada, no União Brasil
Além de mais uma dor de cabeça jurídica, no campo político Moro sofreu mais uma derrota. Ele foi substituído oficialmente, nesta quinta-feira, por Luciano Bivar na vaga de candidato à Presidência da República. Recém-filiados ao União Brasil para disputarem uma vaga na Câmara dos Deputados ou no Senado, Moro e Rosângela são paranaenses e sempre viveram no Estado, mas declararam à Justiça Eleitoral mudança de domicílio para São Paulo com o objetivo de disputar o pleito pelo Estado. O casal cadastrou junto à Justiça o endereço de um hotel na capital paulista. 

Crime

A legislação eleitoral exige que, para um candidato declarar novo domicílio eleitoral, ele deve morar no local há pelo menos três meses e comprovar vínculo com o Estado em questão. A Procuradoria Eleitoral, no entanto, afirma que Moro e Rosangela, ao mudarem o domicílio eleitoral para São Paulo sem comprovar vínculo com o Estado, cometem crime tipificado no código 289 do Código Eleitoral, que trata de "inscrever-se fraudulentamente eleitor”. A notícia-crime enviada pela Procuradoria ao MPE veio a partir de uma denúncia protocolada pela empresária e ativista social Roberta Luchsinger, que apontou "oportunismo" do casal.  "Moro não tem palavra, Moro não tem hábito de falar a verdade. Ele e sua esposa acham q estão acima da lei, mas não estão. Estou lutando muito para impedir que eles mais uma vez estuprem a lei", escreveu Roberta, em suas redes sociais.  A defesa de Moro vem afirmando que ele estabeleceu vínculos políticos com São Paulo desde o ano passado, quando começou sua articulação para a eleição e que, por isso, mudou o domicílio eleitoral usando o endereço de hotel na capital paulista.
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