Rio de Janeiro, 29 de Dezembro de 2025

Abastecimento de água para capital paulista chega a nível crítico

Reservatórios de água em São Paulo operam com menos de 20% da capacidade. O Cantareira, vital para a região, enfrenta níveis críticos. Saiba mais.

Segunda, 29 de Dezembro de 2025 às 16:08, por: CdB

Dois dos principais reservatórios do Estado, Alto Tietê e Cantareira, operam com volumes próximos aos 20% da capacidade. O Cantareira é o maior produtor de água da região, utilizando 33 m3/s de água para abastecer 46% da população.

Por Redação, com ABr – de São Paulo

O Sistema Integrado Metropolitano, que abrange sete mananciais e abastece de água a Região Metropolitana de São Paulo, opera com 26,42% de sua capacidade de armazenamento. É o menor nível dos últimos dez dias.

Abastecimento de água para capital paulista chega a nível crítico | O Sistema Cantareira é responsável pela maioria do abastecimento de água na Grande São Paulo
O Sistema Cantareira é responsável pela maioria do abastecimento de água na Grande São Paulo

Dois dos principais reservatórios do Estado, Alto Tietê e Cantareira, operam com volumes próximos aos 20% da capacidade. O Cantareira é o maior produtor de água da região, utilizando 33 m3/s de água para abastecer 46% da população.

A situação exige “atenção permanente”, de acordo com governo estadual. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informa que “mantém o sistema sob monitoramento contínuo, com reforço no bombeamento, direcionamento do abastecimento no período noturno e apoio de caminhões-pipa em áreas críticas”.

 

Chuvas

O Sistema Cantareira registrou em outubro o nível mais baixo do reservatório dos últimos dez anos. No dia 24, o sistema operava com 24,2% do volume útil, quantidade de água que pode ser transferida para o abastecimento da Região Metropolitana.

As represas estavam se recuperando lentamente. Em 8 de dezembro, 24,6% da capacidade estavam disponíveis. Com algumas chuvas, o volume chegou a 27,3%. Na última semana, no entanto, o volume útil vem caindo dia após dia. O cenário é resultado de dois fatores importantes.

O primeiro é uma onda de calor recorde, que intensificou a pressão operacional sobre o sistema. Por dois dias seguidos, a cidade São Paulo registrou recorde de temperatura para o mês de dezembro ao atingir 37,6ºC, na véspera. O outro componente é a elevação do consumo de água, que chegou a até 60% em alguns pontos da região, de acordo com a Sabesp.

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