O mercado de telefonia celular ainda crescerá com força pelos próximos dois anos, avaliou o presidente da Vivo, maior empresa de telefonia móvel do país, Francisco Padinha. Para 2005, a expectativa é de crescimento de 30%, um pouco abaixo dos 42% previstos para este ano.
Após inaugurar a primeira "mega store" da companhia no Rio de Janeiro, Padinha se disse otimista em relação ao Natal de 2004, que deverá superar os 2,7 milhões de novos clientes conquistados no mesmo período do ano passado.
Para garantir a liderança da companhia controlada pela Telefónica Móviles e Portugal Telecom, os investimentos publicitários da campanha de Natal vão superar entre 10 e 15 % os do ano passado, informou.
O crescimento do país --confirmado com a divulgação na terça-feira de um Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre 6,1% maior-- motiva a companhia a continuar investindo forte na conquista de novos clientes.
"Isso nos dá mais otimismo em termos de crescimento de mercado. O número de 2004 vai ser fortíssimo e, em 2005, vai ser um pouco menor, mas ainda bem forte", afirmou Padinha a jornalistas nesta quarta-feira.
Os investimentos para 2005 ainda estão sendo fechados, mas deverão repetir o patamar de 2004, quando até setembro já havia sido aplicado 1,5 bilhão de reais.
Padinha não vê interesse da Vivo em adquirir mais empresas no mercado brasileiro, após a compra da Tele Centro Oeste . "Já passou esse período (de compras)", disse. Ele também descarta consolidações no setor de telefonia móvel no médio prazo.
"Vejo pelo menos mais dois anos de competição intensa, com investimentos fortes e o Brasil continuando a ser extremamente positivo para telefonia celular...2005 e 2006 podem ser uma preparação para uma consolidação", afirmou.