Rio de Janeiro, 22 de Janeiro de 2025

Vitória de Ingo mostra importância de largar na frente

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Segunda, 07 de Junho de 2004 às 16:25, por: CdB

Levantamento sobre o resultado dos treinos classificatórios e das 41 provas realizadas na era V8 revela que as chances de vitória na Stock Car caem a apenas 12,19% para o piloto que sair a partir da terceira fila. Desde que o motor chegou à categoria em 2001, apenas cinco vezes o vencedor não se colocou entre os quatro primeiros do grid. A pior posição de largada de um ganhador no período foi o 16º lugar de Ingo Hoffmann em Curitiba na abertura da temporada 2003. Nesta corrida, Ingo, que só voltaria a chegar na frente domingo no Rio de Janeiro depois de marcar o 3º tempo na tomada de tempos, se valeu da perfeita estratégia no reabastecimento para chegar à liderança.

Os dados servem para explicar a má fase atravessada pelo atual campeão David Muffato. Vencedor de quatro provas em 2003, o paranaense ocupa apenas a 12ª colocação com 22 pontos, contra os 87 do ponteiro Giuliano Losacco. Raul Boesel, companheiro de Muffato na Equipe Repsol, faz uma campanha melhor e ocupa a 5ª posição na tabela com 52 pontos.

Aplicando-se os dois descartes obrigatórios, no entanto, Boesel conserva a segunda colocação.
Nas cinco etapas realizadas até agora, o 8º na estréia em Curitiba foi o melhor resultado de Muffato em treinos de classificação. A equipe reconhece as dificuldades, mas acha que elas são conjunturais e podem ser superadas.

"O carro mudou em 2004 e talvez tenhamos partido para um caminho errado em relação ao acerto. Neste ano, vale lembrar, não tivemos nem a pré-temporada, porque os carros só ficaram prontos em cima da hora. Mas não fomos a única equipe grande a enfrentar esse problema. Além da proibição dos treinos particulares, o mau tempo tem nos complicado bastante. Pretendíamos fazer uma série de experiências com as regulagens, mas não foi possível. Em Tarumã, os ensaios da sexta-feira foram cancelados por causa da chuva; em Londrina, choveu praticamente todo o sábado; no Rio, também enfrentamos pista molhada", lembra Ereneu Boettger, chefe da Equipe Repsol.

Com o hiato de 40 dias até à 6ª etapa, marcada para 18 de julho em Interlagos, os carros de Muffato e Boesel deverão ser submetidos a minuciosa revisão na oficina da Equipe Repsol em Timbó (SC). Os carros virão para São Paulo já com o acerto básico para o circuito paulistano. Em abril, Boesel conquistou a pole position, mas Ereneu sabe que as regulagens terão de ser repensadas. Além do provável frio do meio do ano, os pneus de Boesel se desgastaram rapidamente e o carro perdeu rendimento já nas primeiras voltas daquela prova. Na bandeirada, o campeão mundial de esportes protótipos de 1987 foi apenas o 6º.

"Em uma categoria tão competitiva, onde há pelo menos 15 pilotos com chances reais de vitória em cada etapa, largar atrás representa um prejuízo enorme", analisa Muffato, que não perde o otimismo. "Ainda há sete etapas, e muita coisa pode acontecer. Agora, vamos nos concentrar em melhorar o carro."

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