Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Vítimas do bimotor ainda não foram encontradas

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Terça, 17 de Outubro de 2006 às 16:46, por: CdB

Mergulhadores do Corpo de Bombeiros intensificaram nesta terça-feira, as buscas aos três corpos de vítimas da queda do bimotor Seneca, que caiu no Espírito Santo na sexta-feira, matando seis pessoas da mesma família. Durante todo o dia percorreram uma região de cinco quilômetros quadrados, mas destroços do avião, onde os corpos podem estar presos, não foram localizados.

Pilotos da FAB sobrevoaram a orla de Serra, município da Grande Vitória, num avião Bandeirante e num helicóptero CH-34. Os mergulhadores bombeiros seguiram pistas de pescadores e informações como o surgimento de uma mancha de óleo, que poderia indicar a presença de destroços. Somente uma poltrona foi recuperada. A partir desta quarta-feira, 18, uma lancha da Capitania dos Portos, além do navio-patrulha, passará a atura nas buscas.

Os irmãos do piloto Alduíno Coutinho de Souza, Danilo e Adilson, estiveram na Praia de Bicanga, na Grande Vitória, e ouviram relatos de pescadores, que contaram ter ouvido explosão, seguida de clarão, no momento do acidente.

A hipótese de explosão da aeronave é pouco provável. De acordo com o chefe da perícia médica do Departamento Médico-Legal de Vitória, Romildo Rabbi, os três corpos já resgatados não têm marcas de queimaduras.

- Não há nenhum sinal que comprove que houve uma explosão. Os corpos estão bastante mutilados, com traumatismos, esmagamentos e fraturas, mas sem queimaduras -, afirmou Rabbi.

Para Danilo, os pescadores confundiram-se.

- Pelo que entendi do relato, eles ouviram a falha do motor e, em seguida, um som forte, como o de uma batida de carro, que podem ter confundido com explosão. Acredito que eles tenham ouvido o baque do avião no mar -, disse.

Ele acredita que seu irmão tentava voltar para o Aeroporto de Vitória, onde havia abastecido 20 minutos antes, provavelmente após uma pane no avião. Danilo disse que a família ainda não pensou em processar a oficina mecânica que fez a manutenção do Seneca ou mesmo o fabricante da aeronave.

- Não temos cabeça para isso. Tudo o que nós queremos, nesse momento, é que os corpos sejam encontrados-, disse.

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