A garçonete Monalisa Fagundes do Nascimento, de 21 anos, saiu do coma neste domingo, mas ainda corre risco de morte. Ela foi atingida diretamente pelo impacto da explosão de uma bomba de fabricação caseira, produzida com um extintor de incêndio, em ato atribuído à quadrilha de contrabandistas que agem na região central da capital paulista. Monalisa sofreu traumatismo craniano grave no incidente, ocorrido nessa sexta-feira, na Rua 25 de Março. Internada no Hospital do Servidor Público Municipal, Monalisa se recupera dos ferimentos, mas segundo os médicos, seu estado ainda é muito grave.
Além de Monalisa, que fazia compras com o namorado quando a bomba explodiu dentro uma lixeira em frente ao Shopping 25 de Março, ainda estão hospitalizados um menino de 2 anos, atingido por estilhaços da bomba, e uma adolescente de 15, atropelada quando tentava fugir da correria provocada pelo barulho da explosão. O menino de 2 anos é filho de outra vítima da bomba, Mônica Coutinho dos Santos, de 19 anos, que deu à luz um menino na madrugada deste sábado. Ela e o bebê passam bem e deverão deixar o hospital esta semana.
Atentado terrorista
A bomba foi produzida com um extintor de incêndio e pregos, de acordo com a perícia da Polícia Civil, e detonada por volta das 16h. Além da lixeira em que estava instalada, um semáforo também foi destruído. Os objetos estão sendo submetidos a exames periciais, bem como uma fita de vídeo encontrada junto aos destroços. Embora ninguém tenha reivindicado o ato terrorista, a polícia suspeitas de que tenha sido uma retaliação às operações promovidas recentemente pela Polícia Federal em centros de comércio popular contra a pirataria e os crimes de contrabando e descaminho.