Rio de Janeiro, 23 de Janeiro de 2025

Visita de Bush cria tensão entre prefeito de Londres e americanos

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Terça, 11 de Novembro de 2003 às 15:18, por: CdB

A visita de três dias do presidente americano, George W. Bush, a Londres está causando tensão entre os agentes de segurança americanos e o prefeito da cidade, Ken Livingstone.

Oficiais americanos exigem que zonas de exclusão sejam criadas ao redor do presidente, mas o prefeito de Londres quer manter a cidade "o mais aberta possível".

A polícia metropolitana planeja uma operação de segurança de cerca de R$ 19,3 milhões para lidar com os 100 mil protestantes anti-guerra que estão sendo esperados.

A Scotland Yard, a polícia britânica, afirma que não vai causar empecilhos para protestos legais, mas ativistas dizem que a polícia já está tentando impedir manifestações.

Bloqueio

Os ativistas que pretendem fazer um protesto contra Bush (Stop Bush), no centro de Londres, no dia 20 de novembro dizem que a polícia pretende fechar grandes áreas da região.

Como o presidente Bush e sua mulher deverão ficar no Palácio de Buckingham, há boatos de que o Mall e o Whitehall, região em que se encontram quase todos os prédios do governo britânico, devem ser isolados.

Livingstone desmentiu os rumores de que zonas do centro de Londres serão bloqueadas.
"A idéia de alguns consultores de segurança americanos de que deveríamos fechar todo o centro de Londres por três dias, ignorando as conseqüências econômicas deste fato, não tem chance alguma de acontecer."

Livingstone disse que o fato de nenhum primeiro-ministro ter sido assassinado em um período de dois séculos mostra que a Grã-Bretanha sempre teve uma boa segurança.

Visita

A Scotland Yard ainda não revelou detalhes do fechamento de ruas por razões de segurança, mas a coalizão "Stop the War" (Pare a Guerra) afirma que não aceitará o fechamento de qualquer rota que leve ao Parlamento.

Esta será a primeira visita de Bush a Londres desde julho de 2001, quando o presidente foi recebido com alguns protestos, mas pouca confusão.

Após os ataques de 11 de setembro e as grandes manifestações contra a guerra no Iraque em Londres, no entanto, a polícia está organizando uma grande operação de segurança.

Em entrevista à BBC, Jeremy Corbyn, ativista da coalizão "Stop the War", disse que "a idéia de bloquear grandes áreas de Londres para garantir que o presidente Bush seja mantido à distância de qualquer manifestação parece insensível e inconveniente para um grande número de pessoas."
John Stevens, comissário da polícia metropolitana, afirma que, "devido a implicações de segurança", o fechamento das ruas não será anunciado até o último minuto.

"Mas nós tentaremos fechar o mínimo possível de ruas, porque precisamos garantir que Londres continue a operar da maneira mais normal possível."

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