Era para ser o Clássico da Paz, como foi pregado durante toda a semana pelas duas equipes. No início do espetáculo, jogadores entraram em campo vestindo a camisa da paz.
Mas a violência persistiu no Mineirão, tanto na partida como após, na comemoração. A principal briga ocorreu entre Cris e Eduardo.
Após o apito final, o zagueiro do Cruzeiro, que havia sido expulso durante o jogo por brigar com Tucho, resolveu comemorar o título próximo à torcida atleticana.
O jovem goleiro Eduardo perdeu a cabeça e partiu para cima de Cris. Os dois chegaram a trocar alguns tapas, mas foram separados pelo segurança do Atlético-MG.
Para piorar a situação, o campo foi tomado por torcedores e pessoas que não deveriam ter acesso ao local, promovendo a confusão. Sprays de pimenta foram utilizados, mas a Polícia nega que tenha partido de seus homens.
Eduardo, que pouco falou, preferiu alfinetar a imprensa, dando a entender que a confusão só aconteceu porque jornalistas invadiram o gramado após o jogo.
- A confusão foi armada por quem invadiu o campo - disse ele.
Já o zagueiro cruzeirense justificou sua atitude.
- Estava comemorando com a minha torcida, e não com a deles. O Eduardo pensou que eu estava menosprezando os atleticanos, mas não é isso - explicou.
Na primeira partida da final, um torcedor cruzeirense morreu após uma briga de torcidas. Com isso, os dois clubes fizeram campanhas contra a violência durante toda a semana.
Violência marca o Clássico da Paz
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Segunda, 19 de Abril de 2004 às 00:08, por: CdB