As autoridades do Vietnã expressaram nesta terça-feira, sua confiança em poder manter, com a ajuda da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país livre da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), depois de confirmados dois novos casos em menos de um mês, um na China e outro em Taiwan.
- Achamos que, com todas as medidas preventivas e a assistência da OMS, as agências sanitárias do Vietnã poderão combater a doença", declarou o porta-voz do Governo vietnamita, Le Dung, através de um comunicado.
- No momento em que foi confirmado o caso na China -prosseguiu Le Dung-, (o Ministério da) Saúde encarregou aos comitês populares e à força de prevenção da SARS a supervisão das agências públicas de saúde, a colocação de controles médicos nos pontos de entrada do país e a vigilância dos viajantes provenientes das áreas afetadas e a preparação de medicamentos, zonas de quarentena e quadros de tratamento - disse.
O médico italiano Carlo Urbani, especialista da OMS em doenças infecciosas, foi a primeira pessoa a dar o alerta da periculosidade da SARS, depois de atender a um homem de negócios americano internado num hospital de Hanói em fevereiro de 2003.
O Vietnã se converteu na primeira nação do mundo a controlar a epidemia, em abril, após ter 63 afetados, dos quais cinco morreram.
A OMS proclamou controlada a pandemia em 5 de julho desse ano, mas já havia uma lista acumulada de 8.098 contagiados e 774 mortos, segundo os últimos dados revisados dessa organização.
A aparição e confirmação de dois novos casos em menos de um mês desatou o temor ao ressurgimento da epidemia e fez com que a OMS extremasse a vigilância e que os governos regionais aplicassem os mecanismos contra a Síndrome Respiratória Aguda Severa.
A SARS é causada por um vírus da família "coronavírus", produz febre alta, tosse seca e problemas respiratórios e ainda não tem vacina.