A Venezuela desafiou a Colômbia na segunda-feira para que prove que funcionários do governo de Caracas protegem chefes guerrilheiros do país vizinho, como alegou Bogotá no fim de semana.
Os dois países estão em meio a uma crise diplomática.
"Que mostrem provas, que as apresentem", disse o ministro da Informação da Venezuela, Andrés Izarra, após uma reunião ministerial.
"Não há nada real que evidencie nenhum tipo de proteção, nem apoio... a colombianos irregulares por parte do governo da Venezuela", acrescentou o ministro em uma coletiva de imprensa.
A Venezuela retirou na semana passada seu embaixador em Bogotá e suspendeu alguns acordos de negócios com a Colômbia, depois de acusar o governo colombiano de violar sua soberania ao subornar militares venezuelanos para capturar em Caracas um dirigente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Rodrigo Granda.
A Colômbia assegura que capturou Granda em dezembro numa cidade do país, Cucuta, localizada na fronteira. Mas admitiu que pagou uma recompensa pela informação que levou à captura.
O governo da Venezuela, por sua vez, afirma que o colombiano foi sequestrado em Caracas por oficiais militares venezuelanos.
A Colômbia não se desculpou pelo episódio, como pediu na semana passada o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e em vez disso, disse que apresentaria provas de que um grupo de líderes guerrilheiros colombianos estão na Venezuela.
Disse também que apresentaria evidências sobre a presença de acampamentos da guerrilha colombiano em território vizinho.