Rio de Janeiro, 04 de Janeiro de 2025

Veja descumpre ordem de juiz e ganha multa de R$ 500 mil por hora

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Domingo, 26 de Outubro de 2014 às 14:48, por: CdB
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A Veja desconheceu a gravidade da sentença à qual foi submetida
Embora tenha sido condenada no início da noite passada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por crime eleitoral, a Editora Abril, responsável pela publicação da revista semanal de ultradireita Veja, não publicou direito de resposta com o mesmo espaço e destaque idêntico que deu para a capa em que faz denúncia sem provas contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. O site da revista publicou o direito de resposta de forma discreta em sua página principal e manteve o destaque para a capa, interpretada pelo TSE como partidária e desfavorável a Dilma. O preço da ousadia por descumprir uma decisão judicial é de R$ 500 mil por hora. A empresa não apenas se negou a cumprir o direito de resposta, nos termos fixados pelo ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – mas ironizou o magistrado. "O ministro Admar Gonzaga decidiu-se pela concessão do Direito de Resposta depois de examinar o pedido da coligação da candidata Dilma Rousseff por duas horas, tempo em que também redigiu as nove laudas de seu despacho — ao ritmo de 13 minutos por lauda". O pedido de multa foi apresentado ao TSE, neste domingo, pelo procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão. “Além do evidente menoscabo para com a Justiça Eleitoral, minimizando os efeitos da decisão liminar concedida, ao não divulgá-la na forma determinada judicialmente, a inserção do link no espaço destinado ao direito de resposta, denominado ‘Resposta do direito’, consubstancial, na verdade, reforço da ofensa que se visava reparar”, explicou o procurador-geral eleitoral. “A revista traduz inequívoco descumprimento de decisão judicial, temperada de ingrediente de escárnio e menosprezo à autoridade da decisão emanada deste TSE, o que desafia medidas mais rigorosas e enérgicas com vistas ao seu efetivo cumprimento”, defendeu Aragão. O crime cometido por Veja tem três responsáveis diretos: o empresário Giancarlo Civita, principal acionista da Editora Abril, o executivo Fábio Barbosa, que a preside, e o jornalista Eurípedes Alcântara, diretor de Redação de Veja.
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