Em cinco dos dez postos, inaugurados pelo governo de São Paulo do programa Farmácia Dose Certa, as pessoas são obrigadas a comprar a passagem do metrô para ter acesso aos medicamentos gratuitos, isso ocorre porque as unidades ficam dentro das estações.
Esse é o caso das unidades Sé, Ana Rosa, Itaquera, Brás e Barra Funda. As demais (Clínicas, Saúde, Santana, Tucuruvi e Carrão) estão do lado de fora da catraca.
A decisão foi criticada ontem por usuários.
— Isso causa muito transtorno. Eu estava sem o dinheiro da passagem e tive de esperar das 14h às 16h para conseguir entrar. Chamei o responsável pela segurança, aí ele chamou uma funcionária da farmácia que teve de ir lá na catraca ver a minha receita. Foi a maior confusão, disse a psicóloga Marilisa Sant'anna Henriquez, 58, que foi ontem à unidade da estação Sé.
Outras exigências feitas pelo programa para a entrega da medicação confundiram os usuários. Para receber os remédios o paciente deve apresentar uma receita médica com três requisitos: ser emitida por um posto de saúde ou hospital da rede pública, conter o nome do princípio ativo do medicamento, não a denominação comercial, e estar dentro da validade.