Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Universitário que matou avó pode ser absolvido

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Sexta, 04 de Abril de 2003 às 08:37, por: CdB

Gustavo de Macedo Napolitano, de 22, universitário que degolou a avó e empregada em novembro de 2002, não pode ser responsabilizado pelo crime. Essa foi a conclusão apresentada no laudo dos peritos Paulo Vasquez e Bernadete Brito, do Instituto Médico Legal (IML), que examinaram o caso a pedido do Judiciários. Napolitano havia consumido grande quantidade de cocaína antes de cometer os crimes. As informações foram publicadas no Estado de S. Paulo. Napolitano pode ser absolvido sumariamente e ser internado em casa de custódia e tratamento, caso o juiz Alberto Anderson Filho, do 1° Tribunal do Júri, acolha do laudo médico. "No momento do fato, apresentava quadro indicativo de intoxicação aguda de cocaína, associado a transtornos mentais e de comportamento, que o torna incapaz de entender o caráter delituoso do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento, sendo, portanto, sob o ponto de vista médico-legal, inimputável em razão da dependência química", diz o laudo. Os médicos sugerem ainda que Napolitano necessita de tratamento médico psiquiátrico por tempo indeterminado, até ser comprovada, pericialmente, "a sua cessação de periculosidade". Segundo o laudo, no momento existe alta probabilidade de reincidência criminosa. Napolitano, que tinha trancado a faculdade de Direito e passado no vestibular para Educação Física, cheirou 26 porções de cocaína. Ele degolou a avó Vera Kuhn Pereira, de 73 anos, que dormia, num sobrado de classe média, no Planalto Paulista, na zona sul, e esfaqueou a empregada Cleide Ferreira da Silva, de 20. O Ministério Público Estadual (MPE) não aceitou o resultado, e pediu a juiz um novo laudo, ou que os médicos respondam a novas perguntas. O IML tem dez dias para responder às questões do MPE.

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