Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

União Africana recusa pedido do Egito, mas afirma apoio à transição

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Sexta, 31 de Janeiro de 2014 às 11:23, por: CdB
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Protestos de estudantes na Praça Tahrir, na capital egípcia, Cairo
Fontes diplomáticas citadas pelo portal Middle East Monitor (MEM) informaram que a União Africana (UA) recusou o pedido do Egito para participar da Cúpula do Conselho de Paz e Segurança, que começou nesta semana, na Etiópia. Nesta quinta-feira, o conselho emitiu um comunicado sobre a situação no país. As fontes, que pediram anonimato, informaram que o vice-ministro de Relações Exteriores do Egito para assuntos africanos, Hamdi Sanad Loza, havia submetido um pedido formal para que as autoridades egípcias pudessem assistir à reunião, mas que a UA não aceitou. A organização suspendeu o Egito três dias depois da destituição do ex-presidente Mohammed Mursi pelo Exército, em 3 de julho de 2013. De acordo com a decisão declarada, no dia 6, o bloco de 54 membros deu como motivo a continuidade das manifestações de apoio ao ex-presidente na capital egípcia, Cairo. - Como é exigido pelos instrumentos relevantes da UA, o Conselho de Paz e Segurança decide suspender a participação do Egito nas atividades da UA até a restauração da ordem constitucional - declarou então Admore Kambudzi, secretário do órgão africano. Para a reunião desta semana, Loza teria pedido para reunir-se com um comitê da UA relativo aos assuntos do Egito, mas isso também foi recusado. O comitê informou que já havia se encontrado com autoridades do governo interino durante uma visita ao Cairo. Loza enviou uma carta à Comissão da UA reclamando que o conselho tinha se apressado ao suspender o Egito, ainda que o governo interino tivesse tomado medidas positivas para a transição democrática e para um Estado civil. Ele citou o recente referendo constitucional, aprovado por 98% dos participantes na votação (38% dos eleitores) e o estabelecimento de uma data para as eleições parlamentares e presidenciais, nas quais o general Abdel Fateh Al-Sisi, que liderou o movimento de destituição de Mursi, deve concorrer. - O Egito tem sido uma parte integral e foi co-fundador da União Africana - disse o vice-chanceler egípcio em sua carta, instando a UA a reconsiderar a decisão de suspender o estatuto do Egito como membro da organização. No relatório, o Conselho de Paz e Segurança discutiu a questão e emitiu um comunicado, através do seu portal oficial, com 12 pontos de avaliação. Entre eles, "reitera a solidariedade da África com o povo do Egito, cujas aspirações à democracia, à vigência da lei e ao bem-estar são completamente consistentes com os instrumentos relevantes da UA." O conselho também reiterou o compromisso da organização, "em linha com as suas obrigações e responsabilidades relativas a todos os Estados membros, em ajudar o Egito a superar os desafios que o confrontam, no espírito do pan-africanismo e na busca por soluções africanas para problemas africanos."
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