O que me leva a escrever o texto de hoje é o informe publicitário publicado em página inteira amarela na Folha do dia 11 de abril
Por João Guilherme Vargas Netto - de São Paulo:
“Um novo Congresso” é um manifesto assinado por uma ampla frente de entidades que defende a participação consciente dos eleitores nas votações de 7 de outubro e chama a atenção para a importância das eleições legislativas, em especial as eleições dos deputados federais.
Além de alertar os eleitores sobre a importância das eleições legislativas o manifesto; tem a grande vantagem de descongelar o clima político colocando o tema eleitoral como o centro das preocupações. As eleições de outubro já começaram e o calendário eleitoral já se cumpre.
Embora reconhecendo o peso negativo da interdição injusta e artificial da candidatura Lula; o movimento sindical deve participar ativamente dos processos eleitorais apresentando aos candidatos sua plataforma unitária de reivindicações e propostas.
Pauta
No âmbito legislativo, além de apresentar sua pauta, o movimento sindical deve começar a fazer em todas as suas instâncias; e sem discriminação partidária a lista dos eventuais candidatos legislativos a serem reeleitos; ou eleitos buscando com eles a adesão aos pontos principais da pauta.
O objetivo seria o de constituir no próximo Congresso Nacional uma bancada pluripartidária capaz de dar sustentação às nossas reivindicações e propostas; em primeiro lugar a revogação da lei trabalhista celerada ou a modificação de vários de seus aspectos lesivos aos trabalhadores; e aos sindicatos e criadores de insegurança jurídica; política, social e econômica.
Candidatos
Ao fazer a lista dos candidatos a serem apoiados devemos levar em conta; além de sua adesão às nossas propostas, a sua viabilidade eleitoral que garantirá sua reeleição ou sua eleição nova.
Coerentes com a plataforma unitária mínima e com os apoios aos candidatos majoritários; os sindicatos e demais entidades devem procurar ampliar o quadro das candidaturas legislativas a serem apoiadas, sem discriminação partidária e, sobretudo sem o vezo antipolítico que é, no fundo, avesso ao movimento sindical.
O movimento sabe em quem não deve votar, a tarefa agora é a de se orientar sobre em quem votar de maneira útil e eficiente.
João Guilherme Vargas Netto, é consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo.