Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Um canal com muito pouca (ou nenhuma) personalidade

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Quinta, 29 de Julho de 2004 às 07:35, por: CdB

Acompanhar a trajetória da MTV Brasil é realmente assustador. O canal, que começou em 1990 passando videoclipes o dia inteiro, está cada vez mais diversificado e distante de sua proposta inicial. De música mesmo só ficou o nome (Music Television) e poucos programas. Do pequeno andar com pouca estrutura, a companhia conseguiu um prédio com vários estúdios e até expandiu seus negócios para o ramo das revistas e produtoras. As apresentações dos programas, feitas de formas artesanais por VJs que entendiam mesmo de música, foram substituídas por VJs superficiais ou até apresentador nenhum, apenas legendas e "o público participa".
 
Mas vendeu. Dos 34 programas que compõem a grade da emissora, mais de 20 são sobre outras coisas que não música (ou ainda, a apresentação de videoclipes, mote da MTV inicial). Temos programas de futebol (Rockgol) além do tradicional MTV Sports; um infeliz programa de dicas sexuais com a VJ (?) Penélope (Ponto Pê); ou, ainda, um programa que se pretende a resolver questões femininas (Meninas veneno). Dessa enxurrada de gostos e público alvo, se destaca o programa de entrevistas do João Gordo (Gordo a Go-Go), ultimamente até mais interessante do que o tradicional Disk. Na pior das novidades (ou atrocidades) existe o programa da Daniella Cicarelli (Dance o clipe).  
 
Agora a MTV, expandindo mais uma vez seus negócios, negocia seu novo canal, a MTV2, que, pelo que se fala, vai atuar como um revival dos velhos tempos: 24 horas diretas de videoclipes. Mas já estava previsto: os mesmos passos foram feitos pela matriz, nos EUA.

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Edições digital e impressa
 
 

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