Trump tem se recusado a aceitar conclusões de agências de inteligência dos EUA de que a Rússia esteve por trás dos ciberataques à eleição
Por Redação, com Reuters - de Washington:
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está no meio de um fogo cruzado entre sua vontade de melhorar as relações com a Rússia ao mesmo tempo em que procura lidar com a pressão de republicanos por uma posição mais firme ao que agências norte-americanas consideram uma ação do Kremlin para influenciar a eleição presidencial norte-americana.
O reconhecimento tácito no domingo do futuro chefe de gabinete de Trump, Reince Priebus, de que a Rússia estava por trás do ciberataque a organizações do Partido Democrata sugere que o espaço de manobras de Trump possa estar encolhendo.
Trump tem se recusado a aceitar conclusões de agências de inteligência dos EUA de que a Rússia esteve por trás dos ciberataques à eleição. O que o Kremlin nega, ou que estava tentando ajudá-lo na votação de novembro. Dizendo que os ataques poderiam ser realizados pela China ou por um hacker de 180 quilos sentado em sua cama.
Mas, após um relatório de agências norte-americanas na semana passada que culpou o presidente russo, Vladimir Putin. Especialistas dizem que Trump enfrenta crescentes pedidos por uma reposta mais firme de origem militar, diplomática, econômica e até de espionagem. Após tomar posse em 20 de janeiro.
Eleições
– A nova administração dos EUA precisará adotar uma linha significativamente mais dura – disse Nile Gardiner, da Fundação Heritage. Um grupo conservador em Washington que é uma voz influente na equipe de transição de Trump.
Republicanos no Congresso preocupados com a tentativa de Trump de se aproximar de Putin. Podem colocar pressão sobre o novo presidente. Para que ele adie o que a Rússia mais deseja agora. Um rápido alívio nas sanções econômicas impostas. Após a Moscou ter anexado a região ucraniana da Crimeia a seu território em 2014. Disseram especialistas.
Agências de inteligência norte-americanas dizem que, desde a eleição, espiões russos recorreram a práticas de ciberataques a indivíduos e organizações. Incluindo proeminentes centros de estudos, no que analistas dizem ser um esforço para conseguir informações sobre futuras políticas a serem adotadas nos EUA.
Ataques
O Instituto Brookings, liderado pelo proeminente especialista em Rússia Strobe Talbott. “Recebeu uma grande onda de ataques um dia após a eleição”. Mas não há motivo para acreditar que seus sistemas foram comprometidos, disse David Nassar, vice-presidente de comunicações do instituto.
O senador republicano Lindsey Graham disse que ele e seu colega John McCain, presidente do Comitê das Forças Armadas do Senado, apresentarão legislações com sanções mais severas do que as que existem atualmente.
– Vamos introduzir sanções que... os atingirão no setor financeiro e de energia, onde eles são mais fracos – disse Graham à rede de televisão NBC.