A autoridade de alto escalão da Casa Branca disse que o novo decreto presidencial irá manter uma proibição de entrada de 90 dias para cidadãos de seis países de maioria muçulmana
Por Redação, com Reuters - de Washington:
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá retirar o Iraque de uma lista de países incluídos em uma restrição de viagens aos EUA quando assinar um novo decreto presidencial nesta segunda-feira, depois que sua polêmica primeira tentativa foi bloqueada nos tribunais do país, disse uma fonte da Casa Branca.
A autoridade de alto escalão da Casa Branca disse que o novo decreto presidencial irá manter uma proibição de entrada de 90 dias para cidadãos de seis países de maioria muçulmana. Irã, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen.
O Iraque foi removido da lista de nações do decreto original, emitido em 27 de janeiro. Porque seu governo adotou novos procedimentos de verificação, como uma vistoria mais rígida de vistos. E o compartilhamento de dados. Por estar trabalhando com Washington para conter os militantes do Estado Islâmico, segundo a fonte.
Milhares de iraquianos lutam há anos ao lado das tropas norte-americanas. Ou atuam como tradutores desde a invasão comandada pelos EUA em 2003. Muitos se restabeleceram em solo norte-americano. Depois de serem ameaçados por trabalhar com os militares dos EUA.
O funcionário da Casa Branca disse que o novo decreto presidencial, que o presidente republicano deve assinar nesta segunda-feira. Também garante que milhares de moradores permanentes legalizados nos EUA. Os possuidores do chamado green card, dos países listados não sejam afetados pela restrição de viagens.
Restrição original
Mais de duas dúzias de ações civis foram abertas em cortes norte-americanas contestando a restrição original. O Estado de Washington conseguiu que o 9o Tribunal de Apelações a suspendesse argumentando que ela violava proteções constitucionais contra a discriminação religiosa.
Trump criticou publicamente os juízes que arbitraram contra ele e prometeu levar o caso à Suprema Corte. Mas depois decidiu redigir um novo decreto com mudanças com o objetivo de torná-lo mais fácil de defender nos tribunais.
Enquanto o primeiro decreto impunha restrições imediatas, a nova diretiva terá um intervalo de adoção ainda indefinido para limitar as interrupções que complicaram a vida de alguns viajantes, disse a fonte.
Refugiados "em trânsito" e que já foram aprovados poderão viajar aos EUA.
O decreto presidencial original de Trump impedia o ingresso de viajantes dos sete países escolhidos nos EUA durante 90 dias e de todos os refugiados durante 120 dias. Os refugiados da Síria seriam barrados por tempo indeterminado, mas não terão tratamento diferenciado no novo decreto.