Tropas israelenses atravessaram barricadas de fogo e arrastaram colonos e manifestantes histéricos da sinagoga de um assentamento nesta sexta-feira, um dos últimos bolsões de resistência à desocupação da Faixa de Gaza.
Colonos judeus tentaram repetir as cenas vistas na véspera em grandes sinagogas dos assentamentos de Neveh Dekalim, o maior do território, e Kfar Darom, o mais antigo. Eles tomaram telhados no pequeno enclave de Gadid e a sinagoga, recebendo os soldados aos gritos de "nazistas".
A mais recente pesquisa de opinião mostrando apoio sólido da população israelense da retirada dos territórios palestinos. Ainda assim, as tropas tiveram que atravessar barricadas em chamas, desarmados, e cercar a sinagoga de Gadid para retirar 90 manifestantes.
A maioria era formada de jovens radicais judeus, que haviam se trancado lá dentro. No que se tornou uma cena familiar nesta semana, a polícia retirou um a um, encaminhando-os para ônibus.
O govern israelense anunciou nesta sexta-feira o processo de retirada forçada de colonos de dois assentamentos da Cisjordânia na próxima terça-feira, uma vez que todos os colonos tenham sido retirados da Faixa de Gaza, disse uma fonte das forças de segurança israelenses. A previsão é de que a desocupação de Gaza termine na noite de segunda-feira. Os principais assentamentos já estão vazios.
Apenas quatro assentamentos estão sendo desocupados na Cisjordânia dentro do plano de retirada do primeiro-ministro Ariel Sharon. Sanur e Homesh, onde as tropas devem entrar na terça-feira, são considerados redutos dos colonos mais resistentes à desocupação.