Enquanto não se define dentro do PSDB o futuro do novo presidente da Câmara de São Paulo, Roberto Tripoli, o partido, em reunião na executiva municipal, decidiu suspendê-lo e, com isso, isolá-lo para evitar que ele participe das próximas decisões da bancada. Nas próximas semanas, o partido pode decidir indicar um novo líder de bancada e de membros de comissões. Tripoli não teria direito a voto nesses casos.
Ao mesmo tempo, alguns vereadores articulam para uma solução menos traumática. Na verdade, a idéia é esfriar os ânimos para evitar conflitos entre a Câmara Municipal e o Executivo, o que seria prejudicial para o novo governo. Entre os nomes mais conciliadores, estaria o do vereador José Aníbal (PSDB).
Mas há quem defenda a saída de Tripoli do PSDB. No fim da tarde desta segunda-feira, a executiva municipal reuniu-se para receber o pedido de expulsão enviado pelo líder da bancada, Dalton Silvano.
- Ainda não sabemos o que o prefeito (José Serra) está pensando sobre o assunto - disse um vereador tucano. Além de prefeito, Serra é presidente nacional do partido.
Por enquanto, as discussões continuam na esfera municipal. No caso de uma expulsão, Tripoli ainda pode recorrer às executivas estadual e federal, em última instância. Antes disso, entretanto, o que os mais moderados querem é que o partido comece a agir mais com o cérebro e menos com o fígado.