A 63ª edição do Festival de Veneza será marcada pelas exibições de lançamentos mundiais, como Dália Negra, de Brian De Palma, que abre o evento nesta quarta-feira. O evento vai até 9 de setembro com a entrega dos Leões de Ouro e de Prata.
Para o diretor Marco Müller, é um grande orgulho fazer com que os 21 filmes do concurso sejam todos estréias mundiais, a maioria obras de grandes diretores.
Como de costume, a indústria que mais concorre é a norte-americana, com quatro candidatos. Além de Dália Negra, sobre o romance homônimo de James Ellroy, há The Fountain, de Darren Aronofosky, três histórias paralelas que transcorrem durante um milênio; Hollywoodland, de Allen Coulter, sobre o suicídio do George Reeves, o primeiro ator que interpretou Superman no cinema; e Bobby, de Emilio Estevez, sobre o assassinato de Robert Kennedy.
A Itália tem três concorrentes: Nuovomondo, de Emanuele Crialese e filmado na Argentina; La Stella Che Non c'È, de Gianni Amelio; e Quei Loro Incontro, dos franceses Jean-Marie Straub e Danièle Huillet, que vivem na Itália há quase 40 anos.
O diretor francês Alain Resnais volta a concorrer no festival com Petits peur Partagés, em que se apropria novamente de uma peça do britânico Alan Ayckbourn, que já havia inspirado Smoking/No Smoking. E Benoît Jacquot apresenta L'Intouchable.
A Inglaterra apresenta o filme Children of Men, de Alfonso Cuarón, e o esperado The Queen, em que o diretor Stephen Frears zomba da atitude da família real diante a morte da princesa Diana.
O holandês Paul Verhoeven volta ao cinema de seu país natal depois de duas décadas em Hollywood com Zwartboek, sobre como um contemporâneo de Anne Frank consegue sobreviver ao Holocausto na Holanda, enquanto a Áustria entra na competição com Barbara Albert (Fallen). Além disso, o roteirista russo Ivan Vyrypaiev traz sua obra-prima como diretor, Euforia.
Da Ásia, concorrem dois filmes do Japão, dois de Taiwan e um de Hong Kong.
Nesta edição, os latino-americanos foram convidados apenas para competir em mostras paralelas. O mexicano Paul Leduc e o brasileiro Karim Aïnouz participam da seção Horizontes, com jurados e prêmios próprios, com El Cobrador e Suely, respectivamente.
Além disso, o argentino Sergio Mazza participa da Semana Crítica com El Amarillo, e seu compatriota Diego Lerner e o peruano Gianfranco Quattrini estão com Mientras Tanto e Chicha tu Madre na Jornada dos Autores.
Também haverá uma homenagem ao cineasta brasileiro Joaquim Pedro de Andrade, com a apresentação de sua retrospectiva completa.
Todos os filmes do Festival de Veneza são estréias mundiais
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Terça, 29 de Agosto de 2006 às 07:10, por: CdB