Michel Temer (MDB) disse na entrevista que a partir de junho e julho o Congresso vai se voltar apenas para a questão eleitoral; com vistas às eleições de outubro.
Por Redação - de Brasília
Presidente de facto, Michel Temer (MDB) reconheceu, em entrevista a uma emissora de TV; que se a reforma da Previdência não for aprovada na Câmara dos Deputados, em fevereiro, dificilmente será viável votá-la ainda este ano. O emedebista reconhece ser necessário avançar para outras pautas.
— Qual é a nossa tese? Isso tem que ser votado, pelo menos em primeiro turno, até o final de fevereiro, começo de março. Se não for votado, daí realmente nós reconhecemos que fica difícil. E daí nós temos que ir para outras pautas — disse Temer, na entrevista. Ele acrescentou que o governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), “trabalham muito” para votar a matéria este mês.
Na véspera, Maia garantiu que a votação da reforma da Previdência vai ocorrer em fevereiro, acrescentado que se o prazo para isso for ampliado, a proposta não será votada nunca.
Agenda
Temer disse na entrevista que a partir de junho e julho o Congresso vai se voltar apenas para a questão eleitoral; com vistas às eleições de outubro. Para o presidente, as eleições são um dos principais motivos para a resistência encontrada pelo governo junto aos deputados para aprovar a Previdência.
— Em ano eleitoral os candidatos a deputados e senadores não querem desagradar os eleitores — disse.
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC); a reforma da Previdência precisa de 308 votos dentre os 513 deputados, em dois turnos de votação. Depois, ainda será submetida a análise no Senado.
Reconhecendo uma possível derrota; Temer disse que se não for possível aprovar a medida, ao menos o governo já fez “reformas fundamentais para o país”. E vai continuar em sua agenda com a chamada ‘simplificação tributária’.