Rio de Janeiro, 22 de Janeiro de 2025

Tecnologia ajuda a combater o comércio ilegal de armas

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Quarta, 04 de Outubro de 2017 às 10:30, por: CdB

Um novo sistema de informática está sendo criado para que informações detalhadas, agrupadas em um banco de dados, possam subsidiar as investigações

Por Redação, com ACS - do Rio de Janeiro:

Nos sete primeiros meses deste ano, foram apreendidos em todo o Estado do Rio de Janeiro 324 fuzis, 22 submetralhadoras, 2.063 pistolas e 2.049 revólveres, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP). Para combater o comércio ilegal de armas, a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) está usando a tecnologia no trabalho de investigação e inteligência. Um novo sistema de informática está sendo criado para que informações detalhadas, agrupadas em um banco de dados, possam subsidiar as investigações. Isto significa que os investigadores passam a contar em seus trabalhos com informações precisas sobre cada armamento apreendido no estado.

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Nos primeiros sete meses do ano, foram apreendidos 324 fuzis

– Para produzir dados estatísticos mais fidedignos, a Desarme propôs ao setor de informática da Polícia Civil algumas alterações sistêmicas. Isto vai refletir numa maior fidedignidade das informações apresentadas. A proposta é que após o exame pericial esses dados retornem ao sistema. Isto dará mais subsídio à investigação – explicou André Leiras, delegado da Desarme.

Com o novo modelo, os investigadores passarão a contar com informações extras. Ele esclarece que toda arma apreendida é periciada e que nesta verificação surgem dados que não constam no registro inicial. São detalhes técnicos que apenas o perito pode fornecer. São essas minúcias que permitem saber, por exemplo, a origem de fabricação do artefato. É possível identificar se um AK 47 é russo ou chinês.

– Pela proposta, todo laudo será automaticamente incorporado ao banco de dados. Queremos chegar na origem desses fuzis. Saber qual caminho fizeram para chegar no Rio e quem são as pessoas ou organizações criminosas envolvidas – afirmou Leiras.

Desarme troca informações com outras forças policiais

A Desarme troca, constantemente, informações com todas as delegacias da Polícia Civil do Rio de Janeiro e de outros estados do país. Além disso, atua em parceria com órgãos nacionais e internacionais, como os americanos DEA (Drug Enforcement administration) e ATF (Bureau of Alcohol, Tobacco, Firearms and Explosives). Também entram na lista a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Exército Brasileiro e outras agências de inteligência.

Com trabalho atual é possível produzir investigações qualificadas, com base em informações de inteligência. Segundo a Desarme, um fuzil vale no mercado negro entre R$ 50 a R$ 70 mil. Em uma compra legal, nos Estados Unidos, por exemplo, a arma valeria 1,5 mil dólares.

Todas as portas de entrada do estado recebem fiscalização. Como resultado, a Polícia Civil apreendeu, em junho, 60 fuzis de guerra, no Aeroporto do Rio de Janeiro, vindos de Miami.

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