Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Taxa de juro divide o governo

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Terça, 14 de Setembro de 2004 às 08:12, por: CdB

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que há pressões inflacionárias, discordando do que disse nesta segunda-feira o ministro da Casa Civil, José Dirceu, que afirmou não ver no momento pressões inflacionárias que justifiquem um aumento de juros.

- Nós detectamos ao longo do ano alguma pressão inflacionária sim. Tanto que a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano está acima de 7%. O centro da meta é 5,5% e está acima do centro, ainda dentro da meta e vai terminar sim. De qualquer forma está um pouquinho acima - afirmou.

Para Mantega, o aumento da inflação é causado principalmente pelas commodities, devido ao "sucesso do Brasil no exterior." Na opinião do ministro, "estamos conseguindo exportar tanto que somos contaminados pela elevação dos preços das commodities", afirmou.

Quando questionado sobre quais são suas expectativas para a reunião desta terça-feira do Comitê de Política Monetária (Copom), Mantega disse que em véspera do Copom ele evita falar de taxas de juros.

- Isso para dar ao Copom a liberdade de tomar sua decisão. Tenho certeza que o Copom tomará a decisão acertada. Eles têm dados sobre a situação da inflação no País, as projeções e têm a sua missão de cumprir as metas que são estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O ministro Mantega conversou com jornalistas antes de iniciar sua palestra, que acontece no momento, no 1º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo.

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