A iniciativa do PFL de apoiar a reeleição do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) à presidência da Câmara foi classificada pelo ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) de tentativa de desestabilização da base aliada. Para Tarso, não há concorrência entre Aldo e a candidatura petista de Arlindo Chinaglia (SP). O ministro reafirmou confiança da solução do impasse nos próximos 15 dias.
- No limite, são dois candidatos do governo. A oposição quer criar uma contradição que não existe -, afirmou nesta quinta-feira.
O presidente da Câmara declarou que não desistirá de sua candidatura e que poderá enfrentar Chinaglia numa disputa dentro do plenário. O nome do deputado comunista ganhou fôlego após o PFL declarar simpatia por sua candidatura.
Para o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), Chinaglia é visto como um emissário do Palácio do Planalto. O partido vai preferir um nome com compromissos além dos interesses do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Maia participou de uma reunião na residência de Aldo com a participação de lideranças do PSB e do PCdoB, os dois últimos da base aliada e integrantes da coalizão de governo do segundo mandato.
O ministro das Relações Institucionais admitiu que a eleição para presidente da Câmara em fevereiro será a primeira prova da força da coalizão. Aldo adotou como plataforma de campanha a votação de uma reforma tributária favorável aos estados, numa tentativa de angariar o apoio dos governadores.
Tarso Genro critica apoio da oposição a Aldo Rebelo
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Quinta, 28 de Dezembro de 2006 às 19:36, por: CdB