Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Suspeitos de genocídio são colocados em liberdade

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Segunda, 05 de Maio de 2003 às 12:13, por: CdB

Milhares de presos acusados de terem participado do genocídio de Ruanda em 1994 estão sendo libertados para esvaziar as prisões, nas quais vivem em péssimas condições. Mais de 20.000 presos, que nos últimos três meses foram enviados pelas autoridades a acampamentos de "reabilitação" antes de serem colocados em liberdade condicional, voltarão a suas casas nos próximos dias, segundo fontes oficiais ruandesas citadas por emissoras de rádio captadas em Nairóbi. O envio dos presos aos acampamentos foi organizado em janeiro passado pelo presidente ruandês, Paul Kagame, que deu instruções às autoridades judiciais para libertar todos aqueles que corriam risco de passar na prisão mais tempo do que o estabelecido pela Lei. O Ministério ruandês de Justiça disse, no entanto, que a medida não é uma anistia, já que todas as pessoas que forem libertadas "serão julgadas". Atualmente, 115.000 pessoas se amontoam nas prisões ruandesas em condições que, segundo a Anistia Internacional (AI), são um "tratamento cruel, inumano e degradante". O governo ruandês calcula em mais de um milhão o número de tutsis e hutus moderados massacrados na primavera de 1994 pelas mãos de milícias, soldados e cidadãos comuns, alentados por seus líderes locais e pela Rádio Televisão Mil Colinas.

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