O superciclone Olaf destruiu parte das ilhas de Samoa Americana com ventos violentos, chuva pesada e grandes ondas, despedaçando casas, afundando um barco de pesca e fazendo outro desaparecer. Um avião de reconhecimento da Nova Zelândia percorreu a área nesta quinta-feira em busca de 12 tripulantes desaparecidos em meio ao mar agitado.
O Olaf, com ventos de até 250 quilômetros por hora, atingiu as ilhas Manu'a, da Samoa Americana, na quarta-feira. Segundo autoridades, não houve ainda informações sobre mortes.
As três ilhas do grupo - Ta'u, Ofu e Olosega - que ficam a cerca de 120 quilômetros da principal cidade de Samoa Americana, Pago Pago, sofreram grandes danos.
- Graças a Deus, não há registro de mortos ou feridos, mas houve muitos estragos, e há muitas casas ao longo da costa que foram destruídas ou pesadamente danificadas - disse à Reuters Monica Miller, uma jornalista de Pago Pago.
Os 1.300 moradores das três ilhas refugiaram-se em abrigos antes de o ciclone atingir a região.
Samoa, um país vizinho, e a principal ilha de Samoa Americana escaparam relativamente ilesas do Olaf.
A tempestade gerada pelo ciclone provocou um grande transtorno para os barcos de pesca da área e 14 sinais de emergência foram disparados. Mas as autoridades disseram não ter certeza de que todos os sinais tenham sido pedidos de socorro reais.
Quatro homens foram encontrados boiando no oceano por um avião de reconhecimento, que lhes atirou um barco salva-vidas, disse Steve Corbett, porta-voz do Centro de Coordenação de Resgate da Nova Zelândia. No entanto, a tripulação de um outro barco está desaparecida desde quarta-feira à noite, quando subiram em um bote salva-vidas enquanto a embarcação na qual estavam afundava.
Samoa Americana, adquirida pelos EUA da Alemanha em 1899 para instalar ali uma base naval e um posto de reabastecimento, possui cerca de 58 mil habitantes espalhados pelas suas seis ilhas. No sudeste de Samoa, as Ilhas Cook se recuperavam da passagem de um outro ciclone, o Nancy, que atingiu a região na quarta-feira, e se preparavam para a chegada do Olaf.