Rio de Janeiro, 17 de Março de 2025

Sobe número de policiais militares mortos no Rio

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Quinta, 21 de Dezembro de 2017 às 07:32, por: CdB

A guarnição do policial estava tentando recuperar um veículo que havia sido roubado na Avenida Crisóstomo Pimentel de Oliveira, naquele bairro

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

Mais um policial militar foi morto em serviço no Rio de Janeiro. O sargento Marcelo Diniz, lotado no Batalhão de Irajá (41o BPM), morreu na noite anterior depois de ter sido baleado durante uma ocorrência policial em Anchieta, na Zona Norte da cidade.

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Mais um policial militar foi morto em serviço no Rio de Janeiro

A guarnição do policial estava tentando recuperar um veículo que havia sido roubado na Avenida Crisóstomo Pimentel de Oliveira, naquele bairro. Segundo a Polícia Militar, os criminosos perceberam a aproximação dos policiais e atiraram contra eles.

O sargento foi levado para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. Mas não resistiu aos ferimentos.

Ele foi o 130º policial militar morto no estado do Rio este ano e o 29º que morreu em serviço. Outros 22 mortos eram reformados e 79 estavam de folga quando morreram.

Homicídios

O ano de 2017 caminha para o nada honroso recorde de mortes violentas nos últimos oito anos.

O ano passado, encerrado com taxa de homicídios de 37,6 por 100 mil habitantes, já detinha o pior resultado desde 2009; com 44,9 assassinatos por 100 mil moradores. Em 2012, depois de três anos com homicídios encolhendo; o Rio teve um pico “positivo” de 28,7 mortes para cada 100 mil habitantes. Mas esse indicador, com a exceção de uma queda em 2015 (de 34,7 em 2014 para 30,3), não para de crescer.

Nos 11 meses de 2017, foram registrados 36,7 assassinatos a cada 100 mil habitantes; e o Estado só escapa dessa marca nada honrosa se a Segurança tiver um desempenho milagroso em dezembro. Faltam 89 mortes violentas para 2017 bater as 6.262 de 2016 inteiro.

— Dois mil e dezessete vai superar 2016. Não vai crescer tanto quanto no ano passado. Mas a taxa de homicídios será certamente maior — afirma o coordenador do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, Ignacio Cano — Em 2016, tivemos um crescimento de 20% em relação a 2015. Em 2017, a alta deve atingir 10%.

Apenas com esse resultado de 11 meses, o Rio já chegaria ao segundo pior índice desde 2010; quando registrou 36,4 mortes causadas pela violência por 100 mil pessoas. Se a conta, entretanto, for feita só com as mortes dos 11 primeiros meses de cada ano, 2017 só teria desempenho melhor; nos 10 últimos anos, que 2009 (41,23) e 2008 (41,79). Ficaria, inclusive, em situação bem pior que 2016; que de janeiro a novembro de teve uma taxa de letalidade de 33,99.

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