Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Síria disse neste sábado que o país tem o direito de se defender se Israel atacar novamente como aconteceu no final de semana passado. Israel reagiu imediatamente, alegando que países que abrigam terroristas são "alvos legítimos".
"O caso da repetição (de um ataque israelense), a Síria tem o direito de agir em defesa própria" afirmou a porta-voz Bushra Kanafani em uma entrevista coletiva em Damasco, capital da Síria.
No domingo passado, Israel atacou pelo ar o que chamou de um acampamento de grupos terroristas, depois de uma explosão suicida em Haifa, no Norte de Israel, que matou 20 pessoas. O movimento Jihad Islâmica assumiu o ataque.
"Israel entende que cada país abrigando organizações terroristas e líderes desses grupos que estão atacando cidadãos inocentes do Estado de Israel como alvos legítimos", disse o porta-voz Gideon Meir, das Relações Exteriores, em resposta aos comentários do governo sírio.
A Síria nega ligação com grupos terroristas, mas argumenta que existe uma diferença entre terrorismo e resistência legítima à ocupação israelense. O governo sírio pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que condene o ataque israelense, o pior ataque aéreo de Israel contra a Síria em 30 anos.
Os Estados Unidos condenaram a Síria por "abrigar terroristas", mas exigiram dos dois países que evitem agravar a tensão na região.